São Paulo, sexta-feira, 15 de abril de 1994 |
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Brasileiro fica surpreso com ondulações
FLAVIO GOMES
O circuito parecia ser liso o bastante para que os problemas que ele enfrentou com as ondulações de Interlagos não se repetissem. Na madrugada de ontem, seu Williams voltou a saltitar como um cabrito contente, perdendo aderência e "escorregando" nas curvas lentas do traçado do circuito japonês. "Na verdade, essa pista é ondulada em vários pontos críticos. A gente sabe que tem problemas com o carro e também sabe que não vai ter solução aqui. Talvez em Imola. Talvez", disse Senna. As modificações testadas em Jerez de la Frontera (Espanha), na semana passada, estão sendo analisadas e preparadas na sede da equipe em Didcot, Inglaterra. Em Aida, segundo Ayrton, "o negócio é dar um jeitinho e empurrar como for". Seu discurso depois do primeiro treino extra-oficial para o GP do Pacífico foi um festival de pessimismo. Eis algumas de suas frases: "O carro é inconstante e de repente a aderência some." "Nas curvas de baixa velocidade não tem aderência, nem tração." "O carro não está de acordo." "A gente não está com o carro na mão'." "Ainda estou brigando com o carro." "Ele é muito sensível e difícil de controlar." "Essa pista é o oposto do que nosso carro tem de bom." Senna disse que tem ainda "tempo disponível", porque andou com o carro pesado, com quase cem litros de gasolina no tanque. A única voz destoante do clima de velório que rondou o piloto brasileiro veio de seu engenheiro, David Brown. Ele foi categórico. "Em pistas velozes nós somos melhores. Vamos ganhar. Temos que ter calma. Esta é só a segunda corrida do ano." Ponto final. A Williams não parece assustada com a Benetton, apesar dos temores de Senna. Dá a impressão de que tudo é uma mera questão de tempo.(FG) Texto Anterior: Schumacher assusta Senna no treino livre Próximo Texto: Benetton grava teipe do circuito Índice |
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