São Paulo, sábado, 16 de abril de 1994 |
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Ipiranga e Bunge compram Arafértil
FRANCISCO SANTOS
A participação estatal na Arafértil foi vendida por US$ 10,74 milhões para as empresas Quimbrasil (grupo Bunge, da Argentina) e Fertisul (grupo Ipiranga), que dividiam com a Petrofértil o controle da empresa. A venda da Arafértil marcou a retomada dos leilões de privatização após três adiamentos sucessivos (Caraíba Mineração, Lloyd Brasileiro e Cobra Computadores). A ação de um investidor solitário, que comprou 407 ações no leilão, impediu que a empresa fosse vendida pelo preço mínimo, gerando um ágio de 0,011% e fazendo com que o leilão demorasse 13 minutos para ser concluído. As 407 ações compradas pelo investidor não devem ficar com ele. A Quimbrasil e a Fertisul têm sete dias úteis para exercer o direito de preferência que lhes garante o estatuto da Arafértil e ficar com elas pelo preço de leilão. O preço mínimo da empresa era de US$ 16,20 milhões, mas dele foi descontada uma dívida de US$ 5,5 milhões que a Petrofértil tinha com a Arafértil. Além da Arafértil, foram privatizadas também no setor de fertilizantes as empresas Fosfértil, Goiasfértil, Ultrafértil e Indag. O grupo Ipiranga, terceiro maior do país no setor de distribuição de combustíveis (é dono também da Atlantic), têm no setor de fertilizantes outra área de interesse, controlando a Fosfértil e Ultrafértil. O governo decidiu liquidar os bens da ICC (Indústria Carboquímica Catarinense), parada há um ano, e a Nitrofértil, passou a ser uma unidade da Petrobrás. Além do setor de fertilizantes, o governo já concluiu também a venda do setor siderúrgico, com a privatização de oito empresas. O presidente da Comissão Diretora do programa de privatização, André Franco Montoro Filho, disse que após os leilões marcados para maio, começará a divulgar os editais de venda das empresas do Pólo de Camaçari, na Bahia. Montoro disse que espera vender em agosto a Light e a Escelsa, as duas empresas federais de distribuição de energia elétrica. Na próxima segunda-feira, em Brasília, técnicos do governo vão se reunir para fazer um balanço das participações minoritárias de estatais em empresas privadas. Ontem também o governo conseguiu ontem vender o último lote de ações da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), remanescente do leilão realizado em abril de 93. Por US$ 86,5 milhões, foram vendidos 3,9% do capital da empresa para a Banco do Brasil Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários e para o Banco BBI, de capital alemão. A BB DTVM ficou com US$ 69,2 milhões e o BBI, com US$ 13,3 milhões. Representantes das duas empresas informaram que as ações serão repassadas a clientes que não foram identificados. Texto Anterior: Listas serão distribuídas no Rio até início de dezembro Próximo Texto: Reposição só atinge quem negociar reajustes Índice |
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