São Paulo, sábado, 16 de abril de 1994
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Swift Armour pede concordata em SP

DA REPORTAGEM LOCAL

A Swift Armour S/A Indústria e Comércio, empresa do frigorífico Bordon, entrou ontem com pedido de concordata na 20ª Vara Cível de São Paulo.
A concordata é um recurso utilizado por uma empresa quando está em dificuldade financeira. Pelo processo, ela pode obter prazo de até dois anos para renegociar suas dívidas junto aos credores.
A Folha tentou contato ontem no início da noite com representantes do grupo Bordon, mas não obteve retorno.
Em março último, Geraldo Moacyr Bordon, controlador da Swift Armour, admitiu que o grupo Bordon estava renegociando dívida próxima de US$ 100 milhões junto a bancos credores. Na ocasião, Bordon ressaltou que todos os débitos tinham contrapartida em hipotecas imobiliárias.
O grupo Bordon é líder no abate e industrialização de bovinos no país. Lidera, ainda, o ranking dos maiores exportadores. Em 1993 faturou cifra próxima a US$ 400 milhões.
Geraldo Bordon vinha atribuindo a crise do grupo à defasagem do câmbio (quando o cruzeiro real ganha valor em relação ao dólar) existente desde o Plano Collor.
Outros grandes frigoríficos de abate de bovinos passam por dificuldades financeiras.
A decisão da Sadia de sair do setor de abate de bovinos será ratificada na assembléia de acionistas do grupo marcada para o próximo dia 20.
Luis Fernando Furlan, presidente do Conselho de Administração da Sadia, avalia que as grandes empresas desse setor sofrem concorrência desleal, devido à existência de abatedouros clandestinos que sonegam impostos.

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