São Paulo, segunda-feira, 18 de abril de 1994
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TV por assinatura no Brasil supera etapa do pioneirismo

MARIA ESTER MARTINHO
EDITORA DO "TV FOLHA"

A TV por assinatura no Brasil está dizendo adeus aos tempos do pioneirismo.
Em dois anos e meio, penetrou em 0,5% dos 40 milhões de lares brasileiros -200 mil.
Em 94, terá uma ajuda de US$ 100 milhões para andar mais rápido na conquista de um potencial-monstro: 8 milhões de lares.
A injeção vem de fora. A TV paga movimenta cifras astronômicas em mais de 40 países. Investidores buscam novos mercados.
O Brasil é um mercado quase virgem –que já dispõe de uma estrutura mínima para a transmissão de sinais por assinatura.
"Este é o maior mercado inexplorado de TV por assinatura do Ocidente", diz Jonathan Baker, "chairman" do Congresso Brasil Link 94, que discute TV paga de hoje a quarta-feira, no Rio.
Considerado o custo do serviço, estima-se que ele chegará a penetrar em 20% das casas brasileiras: 8 milhões. São dois terços do potencial da América Latina.
O sinal verde para o investimento estrangeiro foi dado pelo Ministério das Comunicações.
Portaria recente determina que investidores estrangeiros podem chegar a ter 49% do capital votante em um negócio da área.
A mesma portaria anunciou novas licenças para a exploração de televisão por assinatura –até agora, foram concedidas cerca de cem.
A entrada massiva de capital estrangeiro no negócio pega o mercado em momento de expansão.
Antes que as licitações para novas licenças fossem abertas, 300 pedidos já estavam encaminhados.
A rede de cabo avança em mais de 20 cidades; a transmissão em MMDS (antena de microondas) faz progressos com a digitalização.
A perspectiva de expansão sugere que em breve a TV por assinatura deixará de ser um bicho-de-sete-cabeças para a maioria dos consumidores –para se transformar numa fonte regular de diversão e entretenimento.

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Sobre TV por assinatura à pág. 5-3

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