São Paulo, terça-feira, 19 de abril de 1994
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Supermercados de SC não compram em URV

WAGNER OLIVEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA

Os supermercados de Santa Catarina não estão comprado produtos em URV (Unidade Real de Valor) que tenham seus preços reajustados abusivamente.
A afirmação é do presidente da Associação Catarinense de Supermercados, Egidio Locks. Ele disse que os supermercados do Estado não estão comprando produtos de fornecedores que cobram reajustes em URV acima da média dos últimos quatro meses.
Locks afirmou que 60% dos fornecedores do Estado estão apresentando aos supemercados lista de produtos com preços até 40% em URV acima da média do período.
Segundo ele, os supermercados não podem repassar os reajustes cobrados pelos fornecedores aos clientes.
"Se isso acontecer, vamos ter queda de vendas. Um produto que custava há quatro meses US$ 1 tem que custar US$ 1 quando for implantado o real", afirmou.
Ele disse que não abre mão de comprar os produtos em URV na média. "Se eles podiam há quatro meses vender os produtos com preço mais baixo, por que agora não podem? Não há justificativa", disse.
Para Locks, as indústrias estão praticando os reajustes em URV acima da média por precaução. "Eles estão se precavendo porque não sabem como a coisa vai ficar", disse.
O presidente da Associação de Supermercados disse que os supermecadistas estão procurando trocar os produtos que estão com o preço acima da média por similares.
"Se o preço de um produto está acima da média, nós estamos procuramos um similar. Há muito fornecedor querendo entrar no mercado com preço na média", disse.
Locks disse que a tátia usada pelos supermercados de Santa Catarina está surtindo efeito. "Muitos fornecedores nos procuraram com novas propostas", declarou.

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