São Paulo, quarta-feira, 20 de abril de 1994
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Cúpula do PFL libera negociações

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A cúpula do PFL liberou o virtual candidato do PSDB à Presidência, Fernando Henrique Cardoso, para escolher os integrantes dos palanques de sua campanha nos Estados.
O acordo visa evitar que as dificuldades regionais para a composição entre o PSDB e o PFL atrapalhem a aliança nacional entre os dois partidos.
"Cabe às direções nacionais de cada partido avaliar e lidar com suas dificuldades regionais", disse ontem o presidente do PFL, Jorge Bornhausen.
"Se amarrarmos a aliança nacional ao 'samba do crioulo doido' dos Estados, não sai aliança nenhuma", explica o coordenador da proposta do PFL de programa de governo para a aliança, deputado Gustavo Krause (PE).
A direção nacional do PFL já havia liberado seus diretórios regionais para decidir sobre alianças locais.
Nos seus encontros com as bancadas regionais do PSDB, FHC agora utiliza o mesmo artifício que a direção do PFL usou com suas bancadas locais.
Ele defende "prioridade" para a sucessão presidencial no PSDB, mas afirma que a direção nacional não irá intervir nas alianças fechadas nos Estados pelos diretórios regionais.
"Depois, FHC escolhe, ele próprio, os seus companheiros de comícios nos Estados", disse o líder do PSDB na Câmara, Arthur da Távola (RJ).
Ontem à noite, o próprio candidato repetiu essa afirmação em encontro com a bancada do partido mais irritada com o acordo: a da Bahia.
FHC propôs, como solução para o impasse entre os tucanos locais e o ex-governador pefelista Antônio Carlos Magalhães, que, na Bahia, haja dois palanques diferenciados para sua campanha. A proposta não foi aceita pela bancada. (Tales Faria)

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