São Paulo, quinta-feira, 21 de abril de 1994 |
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Sambódromo de Manaus desaba e fere 25
WILSON NOGUEIRAE CLAUDIA VARELLADA AGÊNCIA FOLHA
O estudante Edmílson da Silva Marques, 20, quebrou o braço esquerdo ao pular da janela da sala (a uma altura de 4 m). Os feridos foram atendidos no PS 28 de Agosto. Haroldo Furtado, da assessoria do governo, disse que no momento do acidente, 520 alunos de 2º grau assistiam aulas em 17 salas, debaixo da "ferradura" (como é conhecida a cobertura que cedeu). Segundo ele, as vigas de concreto que sustentam a cobertura não foram abaladas. "Os danos nas arquibancadas também foram pequenos", afirmou. Os prejuízos não foram calculados. Até as 18h de ontem, o local do acidente estava interditado. As aulas que funcionam nos 26 camarotes da ferradura serão transferidas para outras escolas. Furtado disse que outros 2.920 alunos estavam em aulas nas salas da parte descoberta do sambódromo. A Escola Estadual Professora Lila Borges de Sá, com 84 salas, funciona debaixo da arquibancada. Na parte descoberta, estava programado para ontem à noite o "Congresso Religioso da Igreja Adventista do 7º Dia", com a presença de 20 mil pessoas. O presidente da Empresa Amazonense de Turismo, Charles Belchier, 42, disse que a programação do Centro de Convenções "não vai mudar por causa do acidente". O sambódromo foi inaugurado há dois anos como a principal obra do governador Gilberto Mestrinho (PMDB). "Foi o mesmo que perder um filho", disse. "Foi como a queda de um avião. As causas só saberemos depois da perícia", disse Mestrinho. Mestrinho afirmou que só o resultado do laudo técnico indicará se houve negligência da Mendes Júnior Industrial Ltda, subcontratada pela Comagi, de Manaus, para fazer a cobertura. Uma equipe técnica do Grupo Mendes Júnior chegou ontem à tarde a Manaus. Em nota oficial, a empresa informa que pediu uma perícia técnica independente para apontar o laudo final. O secretário Estadual de Obras, Elpídio Gomes, 39, disse que o Centro de Convenções, com 146 mil metros quadrados, custou US$ 32 milhões. Texto Anterior: Mendes Jr. faz perícia Próximo Texto: Arquiteto vê 'erro de cálculo' Índice |
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