São Paulo, quinta-feira, 21 de abril de 1994
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Preços sobem 44,74% em SP, indica pesquisa da Fipe

DA REPORTAGEM LOCAL

Preços sobem 44,74% emSP, indica pesquisa da Fipe
Vestuário cooperou para a alta do IPC na segunda quadrissemana de abril
A alta de preços em São Paulo atingiu 44,74% na segunda quadrissemana de abril, 1,57 ponto percentual acima da taxa registrada no período anterior (43,17%).
Os números divulgados ontem pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) mostram uma expressiva alta dos preços do vestuário, por causa do início das vendas da moda outono-inverno.
A variação da taxa também foi determinada pelos aluguéis, tarifas, fumo e bebidas, recreação e cultura e bens duráveis.
Os preços do vestuário subiram 42,81%, contra 34,35% na primeira quadrissemana do mês. "A alta deve continuar nas próximas semanas", afirma Juarez Rizzieri, coordenador do IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe.
Os índices da Fipe comparam preços médios de 30 dias aos coletados nos 30 dias imediatamente anteriores. Os resultados da segunda quadrissemana de abril referem-se aos preços praticados entre 16 de março e 15 de abril.
A variação de preços no setor de habitação saltou de 43,93% para 45,46%. O aluguel teve alta de 43,40%, contra 40,69% na primeira quadrissemana.
O setor de alimentação registrou variação de 45,79%, menor do que o índice anterior (47,19%). Houve desaceleração na alta dos produtos semi-elaborados e "in natura".
O aumento dos preços dos alimentos industrializados manteve-se constante, passando de 49,19% na primeira quadrissemana para 49,88% na segunda.
"A alta dos alimentos industrializados e dos produtos de higiene, limpeza e beleza demonstra que os supermercados continuam tentando recuperar suas margens operacionais", explica Rizzieri.
Para ele, é "impossível" que abril termine com inflação inferior a 45%. Ele prevê "nova aceleração" na próxima semana, embora menos significativa.
"A tendência continua sendo de inflação em alta", afirma. Nas próximas semanas, vestuário e aluguel devem continuar subindo, mas alimentação (por causa da entrada da safra) e tarifas públicas devem ter uma variação menor.

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