São Paulo, quinta-feira, 21 de abril de 1994 |
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Brasil empata e desagrada Parreira
MÁRIO MAGALHÃES
O treinador, com um sorriso, deu a entender que a partida confirmou sua preferência por uma equipe com dois volantes (meio-campos com função defensiva). Ontem só houve um, Dunga. Na Copa haverá dois, ele e Mauro Silva. Parreira pretendia manter Edmundo todo o tempo, mas o substituiu por Viola aos 21min do segundo tempo. No plano anterior à partida, era quem Muller sairia. Rivaldo deu lugar a Paulo Sérgio no intervalo porque Parreira considerou fraco seu desempenho. Para o amistoso contra a Islândia, dia 4, deve ser convocado o atacante Ronaldo, do Cruzeiro. A seleção não repetiu a perfomance da vitória contra a Argentina no mês passado porque, segundo Parreira, houve mudanças na estrutura da equipe e na escalação. "Ninguém pode querer milagres com tantas mudanças", afirmou. "Mas nessa fase é importante analisar jogadores para decidir quem vai à Copa." Ele viu dois problemas graves: o acúmulo de passes errados e o pouco tempo de posse de bola. "Perdíamos a bola facilmente no ataque e depois tínhamos que correr para recuperá-la." Entenda as conclusões do técnico com o amistoso: O meia-atacante Paulo Sérgio subiu. O meia Rivaldo desceu. Junto com Edílson, eles disputam a sétima e última vaga no meio-campo entre os 22 jogadores que vão ao Mundial. No ataque, diminuíram as chances de Edmundo ir à Copa, embora ele ainda seja o favorito na disputa com Ronaldo. O jogador do Cruzeiro não foi chamado para a partida de Paris porque ontem seu clube jogaria pela Taça Libertadores da América. Parreira defendeu a realização do amistoso contra um combinado de dois clubes franceses (Paris Saint-Germain e Bordeaux) e um suíço (Sion). "Era a única opção que tínhamos." Para ele, o empate não abala o ânimo da seleção. "A Colômbia acaba de perder para um clube e a Itália levou 2 a 1 de um time da quarta divisão do Campeonato Italiano." O técnico se irritou duas vezes após o jogo. Na primeira vez, quando foi-lhe perguntado por um repórter de rádio se aceita jogar com cinco atacantes. "Isso não é uma questão séria", afirmou. Depois, quando um jornalista da TVE da Espanha perguntou-lhe por que o Brasil não jogou de "maneira decente" "O que você pensa?", respondeu, ríspido. Próximo Texto: Paulistano quer saída do técnico Índice |
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