São Paulo, sexta-feira, 22 de abril de 1994
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Brum desafia comandante da PM a prendê-lo

DA SUCURSAL DO RIO

O tenente-coronel Walmir Brum, 46, afastado da Delegacia Judiciária no Rio, diz que o comando não tem "peito" para prendê-lo. Ele é acusado de vazar para a imprensa cópias das listas apreendidas no escritório de Castor de Andrade. Por telefone, Brum voltou a repetir que se considera vítima de um "jogo político".

*Folha - Como o sr. encara a possibilidade de vir a ser preso pelo comando da PM?
Brum - Não vou falar sobre isso. Só quando for oficial.
Folha - Mas como o sr. falaria de dentro da prisão?
Brum - Sempre tem um amigo com telefone celular.
Folha - O fato é que o comandante Carlos Cerqueira disse em entrevista que pretende prendê-lo.
Brum - Não acredito que tenham peito de me prender.
Folha - Por quê?
Brum - Não transgredi qualquer regulamento. Acho que ainda estamos em uma democracia.
Folha - E se a PM o procurar para prendê-lo?
Brum - Não vai ser difícil me achar. Quando o coronel Cerqueira disse isso? Ontem à noite?
Folha - Ontem à tarde.
Brum - Acho que ele está desesperado.
Folha - Por que?
Brum - Um comandante da estatura do coronel Cerqueira se prestar a este tipo de atitude é sinal de que está sendo pressionado.
Folha - É o que está acontecendo, na sua opinião?
Brum - Tenho certeza que isto é um jogo político.

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