São Paulo, sexta-feira, 22 de abril de 1994 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Escola privada não usa obras
LUÍS EDUARDO LEAL
Os coordenadores desses colégios preferem justificar a opção como estratégia de ensino a atacar diretamente a qualidade do material didático disponível no mercado. "Preferimos usar material próprio, as apostilas, porque singularizam o estudo", diz o professor Juca Vieira, 48, coordenador pedagógico do Colégio Objetivo. O Objetivo tem editora própria, na qual são produzidas apostilas escritas pelos professores de sua rede. Ressalvando que há bons livros didáticos, "merecedores de crédito", Vieira diz que muitos deles criam "vícios" nos alunos e emitem conceitos errados. "Há falta de rigor científico em parte dos livros disponíveis", diz Vieira, professor de biologia. Ele defende "maior vigilância" para impedir que os livros deficientes passem pelo crivo das editoras ou tenham sucesso no mercado. No Colégio Bandeirantes, os livros não são prescritos como obrigatórios, mas como complementação do ensino. O Bandeirantes mantém turmas da 5ª série do 1º grau ao 3º ano do 2º grau. Para Osmar Antônio Ferraz, 49, coordenador da disciplina de química no Bandeirantes, os livros didáticos podem "limitar" a aula e alterar seu dinamismo natural. "É melhor o professor enriquecer uma aula com explicação que vem de sua bagagem cultural a ter que repetir uma explicação do livro", diz Ferraz. (LEL) Texto Anterior: Blitz orienta e adverte motorista Próximo Texto: Empresa produz modelo e estúdio para agências Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |