São Paulo, sábado, 23 de abril de 1994 |
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Trabalhador custa o dobro no Brasil
ANTONIO CARLOS SEIDL
Benefícios de vários tipos, treinamento, seguros, dias não-trabalhados, impostos e outros encargos representam 91,9% da folha de salários no Brasil, a mais alta carga em comparação com países da Europa, Ásia, Pacífico e Estados Unidos. Isso significa que para cada folha de salários que custe 100 unidades monetárias, as empresas brasileiras gastam quase 92 unidades adicionais com encargos sociais. Apenas a França, com 79,7%, chega perto desse nível. A Itália gasta 51%; a Bélgica, 45% e a Dinamarca, 11,6%. O alto custo da mão-de-obra brasileira acaba inibindo o crescimento do nível de emprego. As empresas substituem a admissão de novos trabalhadores pelo aumento das horas-extras dos que já estão empregados. Estas são conclusões da pesquisa "Flexibilização dos Mercados de Trabalho e Contratação Coletiva", de José Pastore, da Universidade de São Paulo. Na pesquisa, que será publicada em livro em julho, José Pastore diz que o Brasil precisa seguir o movimento em curso na Europa, que defende a redução de encargos sociais. LEIA MAIS sobre o custo da mão-de-obra na pág. 2-3 Próximo Texto: Sucesso improvável; Filme conhecido; Câmara lenta; Vôo assegurado; Mordendo a concorrência; Mais um; Importância regional; Recurso negado; Estabilidade ignorada; Sangue novo Índice |
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