São Paulo, sábado, 23 de abril de 1994
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Mercedes dá 19% de aumento e greve acaba

DA FOLHA ABCD

Os funcionários da Mercedes-Benz voltaram ao trabalho na tarde de ontem depois de nove dias de greve.
Eles aceitaram proposta da empresa em assembléia realizada na fábrica de São Bernardo.
Estavam parados cerca de 200 dos 10 mil trabalhadores da área de produção.
Os grevistas eram do setor de motores. A paralisação afetou a produção de toda a indústria.
A empresa não informou o prejuízo que teve com a greve.
Em uma estimativa, tomando-se por base o preço médio dos caminhões (US$ 50 mil, ou CR$ 60 milhões pelo câmbio comercial), a empresa teve prejuízo de US$ 5 milhões (CR$ 6 bilhões), pois mais de mil caminhões deixaram de ser produzidos no período.
A proposta aceita pelos funcionários inclui um aumento real de 19% sobre o salário de março e a contratação de cem trabalhadores em curto prazo.
Os trabalhadores também conseguiram um adicional de 50% sobre as férias (contra os 33% determinados pela Constituição de 1988) e o fim do desconto de um domingo do salário quando o funcionário falta durante a semana.
A assessoria de imprensa da Mercedes confirmou os termos do acordo e a retomada da produção a partir das 16h de ontem.
Máquinas
O TRT pode julgar na segunda-feira a greve dos metalúrgicos do setor de máquinas do ABCD.
Dez mil trabalhadores estão em greve há dez dias devido à recusa das empresas do setor de pagar o aumento real de 19%.
Continua a greve no setor de construção e civil e móveis em São Bernardo e Diadema, envolvendo cerca de 7.000 trabalhadores.
Amanhã à noite os condutores decidem, em assembléia em Santo André, se entram ou não em greve na segunda-feira.
Eles querem o pagamento de 50% da inflação de fevereiro para funcionários das empresas públicas, proposta rejeitada pelos empresários.

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