São Paulo, segunda-feira, 25 de abril de 1994 |
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Dossiê da PM revela 15 envolvidos em conexão
CLAUDIO JULIO TOGNOLLI
O documento, elaborado pelo Centro de Inteligência da Polícia Militar de São Paulo, foi obtido pela Folha. O documento tem o nome "Apreciação CIP 003" e traz o carimbo "confidencial". Ivo Noal, apontado como o mentor dessa conexão, é o maior banqueiro de bicho de São Paulo. Dispõe de um patrimônio avaliado em US$ 300 milhões. A importância da descoberta da "Conexão Caipira se deve ao fato de ela delimitar territórios de apostas, na fronteira entre Rio e São Paulo, e também no interior dos dois Estados. As cidades limítrofes entre os dois Estados teriam suas apostas matematicamene divididas entre Noal e Castor. Segundo a polícia, Noal chegou a ficar foragido, por duas vezes, na fortaleza de Castor de Andrade, em Bangu (zona oeste do Rio), enquanto era procurado pela polícia de São Paulo. A "Conexão Caipira" é investigada pelo delegado paulista Aparecido Capello. Há dois dias ele prendeu o bicheiro Aparecido Manço, que revelou trabalhar para Noal em um dos ramos da conexão, na cidade de Fernandópolis (a 120 km de Rio Preto em SP). Os nomes citados no dossiê são: "Alfredinho, Abraão, Chico Ronda, Paxá, Macota, Roberto Japonez, Nico Travolta, Alexandre Camiseiro, Denis, Assef, Nagata, Bolão 1, Bolão 2, Fausto Italiano e Doutor Aderbal"– um delegado de polícia aposentado. Com essas investigações, a polícia vai tentando descobrir supostos elos entre os banqueiros paulistas e cariocas. (CJT) Texto Anterior: Políciais se unem na investigação Próximo Texto: PM realiza "blitz" para reduzir delitos de policiais Índice |
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