São Paulo, segunda-feira, 25 de abril de 1994
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Justiça pede investigação à Receita sobre Daniel Birmann

SHEILA FARIA

SHEILA FARIA ; ADRIANA SALLES GOMES
EDITORA-ASSISTENTE DA FOLHA VALE

ADRIANA SALLES GOMES
O juiz da 1.ª Vara Cível de Barueri (SP), Núncio Theóphilo Neto, responsável pelo inquérito que apura denúncia de corrupção no processo de falência da Engesa, pediu à Receita Federal uma investigação sobre o empresário Daniel Birmann.
Ele é presidente do grupo Arbi, integrado por empresas como a Marcopolo (de carrocerias de ônibus), banco Arbi e a CBC (Companhia Brasileira de Cartuchos), fabricante de pólvora e munições.
Ele é acusado de ter pago US$ 7 milhões à Engequímica (subsidiária da Engesa), dos quais US$ 2,6 milhões foram parar na conta do ex-síndico (perito) da concordata da Engesa, Elizier Trindade.
Trindade está desaparecido. Ele teve prisão preventiva decretada no início de março, acusado de corrupção. A Justiça investiga a possibilidade de Trindade ter recebido dinheiro para retardar a falência da Engesa.
Birmann disse que uma investigação fiscal em suas contas "é uma leviandade". "Nunca conheci Trindade. Não posso ter dado dinheiro a ele."
Birmann confirmou ter depositado US$ 7 milhões à Engequímica. Segundo ele, o valor foi pedido pela Imbel (Indústria de Material Bélico), do Exército, para aumentar o capital da Engequímica.
A Imbel era interventora da Engesa antes da falência da empresa e é sócia de Birmann na CBC.
O presidente da Imbel, general Armando de Paiva Chaves, não foi localizado pela Folha.

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