São Paulo, segunda-feira, 25 de abril de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Eletrodomésticos reagem no trimestre

FF
DA REPORTAGEM LOCAL

A indústria brasileira de eletrodomésticos está comemorando o seu desempenho de vendas no primeiro trimestre deste ano.
O aumento no volume comercializado variou de 14% a 45,6%, na comparação com igual período de 1993, segundo a Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica).
O refrigerador foi o produto que teve maior crescimento de vendas –de 45,6%– no período. Lourival Kiçula, coordenador da área de eletrodomésticos da Abinee, diz que o setor prevê comercializar 1,8 milhão de geladeiras neste ano.
"É um bom número. Mas temos que lembrar que em 1980 comercializamos 2 milhões."
Os fornos microondas vêm em segundo lugar no ranking dos eletrodomésticos que apresentaram maior crescimento de vendas no primeiro trimestre: 43%.
A expectativa dos fabricantes desse produto, afirma Kiçula, é a de comercializar 460 mil unidades neste ano, 19,5% mais do que no ano passado (385 mil unidades).
Ainda segundo dados da Abinee, as vendas de máquinas de lavar roupas cresceram 42% e de condicionadores de ar, 30% nos primeiros três meses deste ano.
No caso dos condicionadores, a previsão dos fabricantes é a de vender 350 mil unidades em 1994 –bem menos do que as 481 mil unidades de 1989.
"A demanda reprimida é verificada em muitas linhas de produtos", reforça Kiçula. Um exemplo, continua, é o freezer.
A previsão dos fabricantes para este ano é a de comercializar 418 mil unidades, o mesmo volume de 1987. No primeiro trimestre deste ano, ainda segundo a Abinee, as vendas do produto foram 14% maiores do que em igual período do ano passado.
"Os números deste ano são bem melhores porque a base de comparação é fraca. Mas o fato é que a demanda deve ser crescente em 1994 por causa da expansão do crediário", afirma Kiçula.
Sérgio Zimath, diretor geral do grupo Refripar (Refrigeração Paraná), que têm as marcas Prosdócimo e White Westinghouse, diz que o Brasil completou 15 anos de demanda atrasada.
Ele acha que o país pode voltar a ter um mercado de refrigeradores de 2 milhões de unidades este ano.
A indústria de eletrodomésticos, diz, opera com ociosidade da ordem de 40%, em média.
O grupo Refripar, diz ele, programa produzir 15% mais neste ano, na comparação com 1993. A Consul, do grupo Brasmotor, vendeu no primeiro trimestre deste ano um volume de geladeiras 30% maior do que o do ano passado.

Texto Anterior: Vídeo espera crescer 20%
Próximo Texto: Pacto de empresários reduz impostos no CE
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.