São Paulo, segunda-feira, 25 de abril de 1994 |
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Samba e segmentação levam FM à liderança
GABRIEL BASTOS JUNIOR
Os melhores exemplos são a Transcontinental e Transamérica. A Transcontinental é líder em audiência na Grande São Paulo, segundo o Datafolha, tocando samba e pagode. Segundo José Emídio Aguiar, 38, diretor comercial da Transcontinental, a rádio, que toca pagode desde novembro de 92, não entrou na onda do pagode, mas o ccontrário. "Acho que somos mesmo os responsáveis por esta moda", diz Emídio. Já a Transamérica foi buscar sua vice-liderança entre o público dos 10 aos 19 anos. "A nossa programação é a mesma para o Brasil inteiro, diz Ricardo Henrique, gerente artístico da rede. "Voltada para um público jovem e qualificado." A Transamérica tem 32% do seu público nas classes A/B. Ela é hoje uma rede nacional, com 26 emissoras interligadas via satélite. Marcelo Trematerra, 19, ouvinte da Transcontinental, é fiel à música, e não à rádio. "Tocando pagode já está bom." A Transcontinental é uma das poucas emissoras não-paulistanas do dial. Ela é de Mogi das Cruzes (50 km a leste de São Paulo). Muitas emissoras estão montando sua programação de acordo com o seu público alvo. A Musical, por exemplo, adotou a MPB há um ano para atrair os adultos. "A Musical é totalmente segmentada", diz Carlos Carmelo, 34, produtor da rádio. "Mas estamos tendo uma participação surpreendente dos jovens." A Gazeta FM assumiu a linha do hit-parade. "Ou as rádios se segmentam ou passam a tocar só sucesso", prevê Beto Rivera, 44, coordenador da emissora. Com dez anos de estrada, a 97 Rock também mudou. Continua roqueira, mas aliviou um pouco. "A rádio tinha o estigma de ser barulhenta. Agora queremos atender com qualidade um número maior de ouvintes", explica Éverson Cândido, 34, coordenador artístico. Texto Anterior: QUAL É A CAPITAL DA ALEMANHA? Índice |
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