São Paulo, terça-feira, 26 de abril de 1994
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Redução de alíquota é gradual

DA REPORTAGEM LOCAL

A redução das taxas de subsídios, prevista na Declaração de Marrakesh, será escalonada em seis anos, a partir de 95. Isso adia o impacto da redução das alíquotas nos preços.
"O efeito só será realmente sentido quando a diminuição chegar a 20%", diz Joseph Tutundjian, da Cotia Trading. Ele lembra que, no primeiro ano, a redução dos subsídios será menor que 5%.
Para Tutundjian, as empresas devem investir em planejamento estratégico para garantir o mercado quando a redução for significativa.
Claúdio Martins, diretor executivo da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frango, acredita que o Brasil vai ganhar espaço mundial com as mudanças. "O fôlego dos subsídios está acabando no mundo."
Mas para conquistar mercado, diz Martins, o país terá de se manter atualizado e investir mais em produtividade e qualidade.
Hoje, o Brasil exporta 12% da sua produção anual de frango. "Foi a exportação que trouxe tecnologias modernas e mais qualidade ao produto nacional" diz.
No setor de suco de laranja, a avaliação é de que, com as medidas, haverá redução de preço e consequente aumento de consumo a médio prazo.
"Mas ainda vamos negociar novas reduções tarifárias", diz Ademerval Garcia, presidente da Abecitros (Associação Brasileira dos Exportadores Cítricos).
Os representantes dos setores de carne bovina e óleos afirmam que os efeitos da redução de subsídios ainda estão longe de ocorrer.
O acordo, ainda, criou o Comitê de Agricultura, primeiro fórum internacional para discutir os problemas do setor.
"O fórum deve fiscalizar a redução e, quem sabe, melhorar o acordo, que ainda traz problemas para os produtos brasileiros", diz Mauro Lopes, da FGV.

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