São Paulo, terça-feira, 26 de abril de 1994 |
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PSDB vai às ruas para arrecadar verbas
EMANUEL NERI
Outro objetivo dessa iniciativa, além de obter recursos financeiros, está relacionado ao marketing eleitoral da candidatura tucana. O PSDB pretende mudar a imagem de que FHC é o candidato dos ricos e que seu esquema eleitoral será financiado por empresários. A cúpula do PSDB teme que o PT explore o fato de o empresariado ajudar a candidatura de Fernando Henrique. Antes que isso ocorra, deflagrarão a campanha de arrecadação de fundos junto à população. Ela será feita através da venda de bônus. Isso não quer dizer que os tucanos desprezarão doações financeiras de empresários. O grosso do dinheiro terá essa origem. Mas é importante que essa não seja a única fonte de recursos. No PSDB, a previsão é de que a campanha de FHC ficará entre US$ 50 milhões a 60 milhões –o equivalente ao gasto para a recuperação de 17 quarteirões do Pelourinho, em Salvador (BA). O partido acredita que os gastos deste ano serão menores do que os da campanha presidencial de 1989. É que a campanha presidencial de 94 será feita com as de governador, deputado e senador. Para os peessedebistas, a estrutura eleitoral montada em cada Estado diminuirá os gastos da campanha presidencial. Os tucanos citam o exemplo de São Paulo. Quando FHC for fazer comícios em qualquer cidade do Estado usará o esquema montado para a campanha do senador Mário Covas, candidato do PSDB ao governo local. Próximo Texto: Aliança é certa, diz Bornhausen Índice |
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