São Paulo, terça-feira, 26 de abril de 1994
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Clínica para mau hálito atende 600 em 1 ano

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

A primeira clínica especializada em curar mau hálito nos EUA atendeu 600 pacientes em seu primeiro ano de existência.
Ela funciona desde 1993 em Filadélfia, Estado de Pensilvânia, costa leste do país, e é dirigida pelo dentista John Richter, que afirma ter curado 95% das pessoas que o procuraram.
Richter, 44, afirma existirem 25 milhões de pacientes potenciais para sua clínica em todos os EUA: homens e mulheres com problemas crônicos de cheiro na boca nunca resolvidos por qualquer clínico.
Segundo ele, o mau hálito é provocado por componentes de enxofre que se formam no organismo por dois motivos principais: desordem sistêmica, como diabete, ou bactérias nas vias respiratórias.
O grande segredo de Richter foi ter inventado um aparelho capaz de localizar onde estão as concentrações de enxofre no corpo.
Se o mau hálito se deve a infecções nas vias respiratórias ou a problemas de maior gravidade, como diabete ou doença de fígado, Richter envia seu paciente a um especialista.
Se a causa está na concentração de bactérias na boca, ele mesmo toma conta do caso, com sprays antissépticos aplicados à língua, gengivas e paredes bucais.
Neste caso, os pacientes precisam dar continuidade ao tratamento, com gargarejos diários para combater o enxofre.
Richter cobra US$ 350 por seu tratamento, que é feito em três sessões de meia hora.
Ele diz que combater o mau hálito com produtos comuns do mercado vendidos como antissépticos não resolve: "você só faz substituir um cheiro ruim por outro, mais forte e mais agradável, mas isso só dura 15 minutos".
Tais produtos só funcionam contra as bactérias com as quais eles entram em contato direto. Mas a maioria dos germes se esconde por trás de muco, que só são removíveis no consultório do dentista, segundo Richter.
Ele condena os produtos com composição de álcool que podem agravar o problema do mau hálito: "o álcool irrita os tecidos da boca, aumenta os níveis de proteína e os compostos de enxofre".
Embora argumente que os pacientes não conseguem por conta própria eliminar o mau hálito, Richter recomenda algumas medidas preventivas eficazes: o uso sistemático de fio dental, um copo de água como primeira refeição de cada dia e raspagem delicada da língua com uma colher todos os dias para retirar as bactérias da boca.
Outra providência que Richter apóia é uma dieta alimentar que exclua cebola e alho.

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