São Paulo, sexta-feira, 29 de abril de 1994
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Índices das Bolsas de Valores registram alta

RODNEY VERGILI
DA REDAÇÃO

O governo colocou ontem junto ao mercado financeiro títulos de dois anos de prazo e juros menores.
O objetivo é retirar dinheiro de circulação e alongar os prazos da dívida pública nacional.
Os investidores foram basicamente fundos de pensão, que reúnem o dinheiro de aposentadoria complementar dos funcionários de empresas estatais e privadas.
O mercado de renda fixa, esteve bastante agitado ontem com variações expressivas nas taxas dos Certificados de Depósito Interbancário, que oscilaram entre 53,60% e 54,25% ao mês.
Os juros dos Certificados de Depósito Bancário voltaram a cair. O mês de maio tem três dias úteis a mais do que abril.
As Bolsas fecharam ontem em alta de 4,2% em São Paulo e de 4,8% no Rio. O mercado está registrando variações expressivas nos preços, acompanhando as taxas inflacionárias e as incertezas políticas.
O presidente da Comissão de Valores Mobiliários, Thomás Tosta de Sá, disse ontem que estuda medidas para evitar distorções como a negociação de empresas brasileiras no exterior com prejuízo para o mercado local.
Sá anunciou também uma flexibilização nas operações das corretoras (substituição da Instrução 33) com ênfase para a auto-regulação das Bolsas.(Rodney Vergili)

JUROS
Curto prazo
Os cinco maiores fundões renderam, em média, 1,718% no dia 26, projetando rendimento para o mês de 40,02%. No mercado de Certificados de Depósito Interbancário (CDIs), as taxas de juros oscilaram entre 53,60% e 54,25% ao mês por um dia.

CDB e caderneta
As cadernetas que vencem hoje rendem 46,6998%. CDBs prefixados negociados ontem: de 8.250% a 8.500% ao ano para 32 dias. CDBs pós-fixados de 90 dias: 24,0% a 25,0% ao ano mais a variação da TR.

Empréstimos
Empréstimos por um dia ("hot money") contratados ontem: de 57,00% a 57,10% ao mês. Para 32 dias (capital de giro): de 8.350% a 8.600% brutos ao ano.

No exterior
Prime rate: 6,75% ao ano. Libor: 4,5625% ao ano.

AÇÕES
Bolsas
São Paulo: alta de 4,2%, fechando com 16.727 pontos e volume financeiro de CR$ 304,269 bilhões, contra CR$ 197,688 bilhões no dia anterior. Rio: alta de 4,8% (I-Senn), fechando com 63.640 pontos e volume financeiro de CR$ 34,04 bilhões, contra CR$ 54,20 bilhões no dia anterior.

Bolsas no exterior
O índice Financial Times de Londres fechou com 2.498,9 pontos, com queda de 5,90 pontos. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou com 19.725,25 pontos, com queda de 3,90 pontos.

DÓLAR E OURO
Dólar comercial (exportações e importações): CR$ 1.279,50 (compra) e CR$ 1.279,60 (venda). No dia anterior, segundo o Banco Central, o dólar comercial fechou a CR$ 1.258,02 (compra) e CR$ 1.258,04 (venda). "Black": CR$ 1.227,00 (compra) e CR$ 1.237,00 (venda). "Black" cabo: CR$ 1.233,00 (compra) e CR$ 1.238,00 (venda). Dólar-turismo: CR$ 1.186,00 (compra) e CR$ 1.217,00 (venda), segundo o Banco do Brasil.
Ouro: alta de 1,41%, fechando a CR$ 15.100,00 o grama na BM&F.

No exterior
Segundo a agência "UPI", em Londres, a libra foi cotada a US$ 1,5080, contra US$ 1,5067 no dia anterior. Em Frankfurt, o dólar foi cotado a 1,6703 marco alemão, contra 1,6730 marco alemão no dia anterior. Em Tóquio, o dólar foi cotado a 102,38 ienes, contra 102,68 ienes no dia anterior.

FUTUROS
No mercado de DI (Depósito Interfinanceiro) da BM&F, a projeção de juros para abril fechou em 45,97% e em 48,97% para maio. No dia anterior, a projeção foi de 46,02% para abril e 49,01% para maio.
No mercado futuro do índice Bovespa, a cotação para maio ficou em 21.500 pontos, projetando rentabilidade de 51,82% ao mês.
No mercado futuro de dólar, a expectativa de desvalorização cambial para abril ficou em 42,12%, contra 45,36% no dia anterior.

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