São Paulo, sexta-feira, 29 de abril de 1994 |
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Pãezinhos bagel chegam para conquistar a cidade
SYLVIA COLOMBO
A loja já atende o público, mas amanhã, a partir das 11h, haverá uma festa para a apresentação do produto com um show da banda Heartbreakers. A entrada é franca e serão distribuídos canapés com a massa do bagel, como demostração. A festa vai até as 16h. A The Bagel Factory montou uma fábrica no parque Dom Pedro (região central), adaptando máquinas para fazer o bagel com farinha importada da Argentina. Quando estiver funcionando em sua capacidade máxima, a fábrica vai produzir até 1.500 unidades por hora. Com essa produção será possível abrir outras lojas pela cidade. O casal de padeiros norte-americanos Bill Webley e Deborah Thebold foi trazido para testar ingredientes e treinar pessoal. "A intenção é fazer um bagel igual ao de Nova York", diz José Luiz de Castro Lima, um dos donos da loja. O bagel não tem colesterol, pois é feito com farinha de alto teor de glúten e ainda é rico em carboidratos. Pode-se escolher o sabor da cobertura e o recheio, que é colocado na hora. Outra opção é levá-lo para casa. Congelado, ele pode ser consumido depois de alguns dias. Também pode ser comprado em fatias torradas. "Só não vamos dar a receita do bagel", diz José Luiz "quem quiser experimentar terá que vir até aqui". Os padeiros americanos vão embora logo após a inauguração, mas já prepararam uma equipe brasileira. Os empresários Richard Seiner, Alexandra Setti e José Luiz de Castro Lima apostam no sucesso da novidade devido a pressa dos paulistanos. O bagel é uma refeição prática e rápida. A The Bagel Factory vai instalar também um sistema de entrega em domicílio na região de Higienópolis. A idéia é levá-lo também a escritórios da av. Paulista. Os três empresários viveram em Nova York e resolveram montar a padaria em São Paulo para matar as saudades do pãozinho: "Comer um bagel era a primeira coisa que eu fazia quando acordava", diz José Luiz. O bagel tem alguns fãs ilustres, como a cantora Madonna em sua turnê pelo Brasil, em 1993, exigiu em seu camarim panquecas, linguiça e bagels. O cineasta polonês Roman Polanski, deportado dos EUA em 1977 por acusação de estupro, lamenta: "Sinto muita saudade das delicatessen de lá, onde como bagels e pastrame". "Será como a pizza", aposta José Luiz, que acredita que o bagel pode virar um hábito no Brasil. Localizada perto da Fundação Armando Álvares Penteado, a padaria quer conquistar estudantes e frequentadores da praça Villaboim. ONDE FICA: r. Tinhorão, 72, tel. 67-3835, Higienópolis LEIA MAISsobre bagels à pág. 12 Texto Anterior: Chilenos de primeira invadem São Paulo Próximo Texto: Invenção foi há 3 séculos Índice |
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