São Paulo, sábado, 30 de abril de 1994
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Reajustes se mantêm em 10% na semana

DA REDAÇÃO

Os supermercados de São Paulo voltaram a reajustar preços a uma taxa próxima a 10% na última semana de abril, tendência que vem ocorrendo desde o final de março.
Pesquisa do DataFolha em 12 estabelecimentos mostrou que o reajuste médio no período de 19 a 26 de abril foi de 10,23%, contra 9,79% na semana anterior.
A mesma pesquisa indicou alta de 9,34% nos hipermercados, um recuo sobre os 10,44% da semana anterior. A pesquisa engloba preços de alimentos, higiene e beleza.
Nos últimos 30 dias, os supermercados reajustaram seus preços em 54%, segundo o Datafolha.
Já os hipermercados estão praticando preços 57% mais altos que há um mês. As maiores altas foram de derivados de leite, doces, alimentos enlatados e massas.
A evolução dos preços foi generalizada desde a chegada da URV (Unidade Real de Valor). Em média, os preços subiram 9,8% por semana nos últimos dois meses.
Dois setores estiveram longe desta média. O de derivados de leite, que superou (13%), e o de cereais, que ficou abaixo (6%).
A perda dos cereais é compensada pela forte aceleração destes produtos no início do ano, quando o feijão atingiu preços recordes.
A estabilidade nesta semana se deve à queda de vendas e ao retorno de promoções, afirma Firmino Rodrigues Alves, vice-presidente da Associação Paulista de Supermercados (Apas).
Apesar do bom desempenho na primeira quinzena, o volume de vendas deverá cair neste mês em relação a março, afirmou.
As negociações entre indústrias e supermercados estão mais calmas. O setor de molhos é um dos poucos onde existe problema de negociações, afirmou.
O vice-presidente da Apas, que esperava alta maior nesta semana, diz que a pressão foi transferida para maio.
Outra pesquisa do Datafolha mosta que os alimentos básicos estão com aceleração menor do que os demais itens coemrcializados nos supermercados. Em média, os alimentos subiram 7,4%, contra 6,66% na semana anterior
Entre as pressões da semana estão manteiga (28,6%), café (12,6%) e frango (11,9%). O feijão, após a disparada nos últimos meses, teve alta de 3% na semana.

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