São Paulo, domingo, 1 de maio de 1994
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Usuários da Dutra criam caminhos alternativos

ISNAR TELES
DA FOLHA VALE

Os usuários da via Dutra (BR-116) estão buscando vias alternativas para escapar do tráfego da rodovia, considerada uma das mais perigosas do país.
O medo de dirigir na Dutra, rodovia com uma média de 70 mil veículos/dia, alterou os hábitos dos motoristas da região.
Segundo um levantamento feito pela Polícia Rodoviária Federal, nos 236 quilômetros do lado paulista da rodovia, aconteceram em 93 cerca de 4.700 acidentes, 12,8 por dia e 391 por mês.
André Azevedo, 34, piloto de moto que já participou do rali Paris-Dacar por sete vezes, é um dos não se arriscam nos 85 quilômetros da Dutra, que separam São José dos Campos de São Paulo.
Ele andou na Dutra com a reportagem da Folha. Segundo Azevedo, os piores trechos são os acessos de São José à Dutra, onde os motoristas entram na estrada.
Para ele, a rodovia tem só 35 quilômetros, ou seja, a distância entre a saída de São José, onde mora, até a Trabalhadores.
"Por segurança, prefiro pagar US$ 1 de pedágio do que seguir em frente", diz o piloto.
A psicóloga Rosely Viana Ribeiro, 29, considera o quilômetro entre a saída para Dutra em São José (km 152), e o viaduto da Alpargatas (km 153) como o mais "pré-disposto" a acidentes.
Ela prefere rodar dois quilômetros a mais pela região sul da cidade a se "aventurar" pela rodovia.
O inspetor-chefe da Polícia Rodoviária Federal, Reinaldo Reis da Silva, relacionou em um "manual de sobrevivência" dicas para escapar de acidentes.

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