São Paulo, segunda-feira, 2 de maio de 1994
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Privatização divide programas da aliança

EDNA DANTAS
DA ENVIADA ESPECIAL

O senador Fernando Henrique Cardoso, candidato do PSDB à presidência, disse que o partido "vai imprimir sua marca no governo" caso vença a eleição.
Afirmou que os assuntos polêmicos na aliança do PSDB com o PFL deverão ser discutidos e vistos na prática. "Eu serei o presidente da República", ressaltou.
Uma das principais divergências entre tucanos e pefelistas está na área das privatizações.
Ao contrário do PFL, o ex-ministro acha que o "Estado não pode ser mínimo, tem que ser capaz de cumprir as funções de um país cheio de pobreza, um país que requer a autoridade pública".
Ele diz que o PFL pode ter uma proposta sobre privatização na tese: "A gente vai ter que discutir e ir para a prática", afirmou.
O senador tucano disse que poderá procurar "todos os partidos do país" para viabilizar um eventual governo peessedebista.
Isso inclui o PT de Luiz Inácio Lula da Silva, que lidera as pesquisas de intenção de voto.
"Ele (Lula) pode precisar de mim ou eu posso precisar dele", afirmou o ex-ministro da Fazenda.
Cardoso participa hoje à tarde em Brasília, do ato da formalização da aliança PSDB/PFL/PTB.
Para ele, é importante "que ainda esta semana" seja definido o nome do vice na chapa tucana.
FHC se mostrou irritado com a insistência dos jornalistas em querer saber o nome de sua preferência para ocupar a vaga de vice.
"Eu não vejo vocês perguntando ou dando destaque sobre quem será o vice do Lula ou do Quércia (Orestes Quércia, do PMDB)".
O senador voltou a criticar os tucanos descontentes com a aliança PSDB/PFL.
"Ou estão dentro do partido ou então saem para fazer propostas contrárias ao partido", afirmou.
No ato público de ontem em Volta Redonda (RJ) o palanque teve que ser dividido entre os candidatos ao governo do Estado, Marcello Alencar (PSDB) e Roberto Lima Netto (PFL).

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