São Paulo, quinta-feira, 5 de maio de 1994
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Peemedebistas dizem que houve manobra

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA E DA REPORTAGEM LOCAL

Parlamentares quercistas e contrários à candidatura do ex-governador Orestes Quércia (SP) afirmaram ontem que a denúncia do Ministério Público Federal à Justiça é uma manobra política para prejudicar o PMDB.
Quércia foi acusado de estelionato no caso das importações de equipamentos de Israel. O subprocurador-geral da República Paulo Sollberger, responsável pela denúncia, nega conotação política.
O senador Antonio Mariz (PB), candidato ao governo da Paraíba, afirmou que o partido está chocado. "Esta denúncia tem todas as características de um ato de pura natureza eleitoral".
Mariz foi dos poucos senadores que manifestaram posição contrária à candidatura de Quércia.
O presidente do PMDB de Minas Gerais, deputado Armando Costa, também disse estranhar o fato de a denúncia ser feita na véspera da prévia que vai escolher o candidato do PMDB à Presidência.
O presidente do PMDB de São Paulo, Roberto Rollemberg, disse que não sabe se a denúncia foi mal-formulada. "Não sei se teve motivação política ou se foi feita para não ser aceita", disse.
Campanha preventiva
Quércia fez uma campanha preventiva contra os efeitos que a denúncia no caso das importações de Israel poderiam provocar na prévia do PMDB.
Os quercistas já previam a denúncia e há cerca de um mês têm distribuído aos peemedebistas um dossiê contendo a defesa de Quércia contra diversas acusações.
Eles alegam que o ex-governador de São Paulo tem sido vítima de perseguição política por parte do Ministério Público.

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