São Paulo, quinta-feira, 5 de maio de 1994
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Equipe nega ter culpado Senna por acidente

SÉRGIO MALBERGIER
DE LONDRES

A escuderia Williams voltou a negar ontem, pelo segundo dia seguido, que tenha culpado o piloto Ayrton Senna pelo acidente que causou a sua morte.
Tentando minimizar possíveis danos à sua imagem, desta vez a Williams acrescentou declarações textuais de seu diretor técnico, Patrick Head, que logo após a corrida em Imola disse que Senna havia "cometido um erro" ao entrar na curva do acidente.
Na nota divulgada ontem, Head diz: "Nós ainda estamos estudando os dados e coletando informações e até este estágio não chegamos a nenhuma conclusão."
"Nem todas as informações relevantes estão disponíveis no momento. Eu acredito que qualquer conversa inicial que eu tenha tido no circuito (de Imola) foi tirada do contexto e acrescentaria que, desde que deixei o circuito, não falei com nenhum jornalista sobre o assunto. Em nenhum momento eu falei que Ayrton Senna era culpado", termina a nota.
A Williams disse ontem que ainda não sabe quando as autoridades italianas liberarão o carro de Senna para ser trazido à fábrica da empresa em Didcot (centro da Inglaterra), para ser analisado.
Uma porta-voz disse à Folha também que a empresa, até ontem, não havia recebido nenhuma notificação da promotoria italiana, que está investigando a escuderia sob a acusação de assassinato, pela morte de Senna.
A polêmica em relação à equipe surgiu no dia seguinte ao acidente. Patrick Head afirmou que Senna cometera um erro na curva Tamburello, onde bateu.
Segundo Head, o brasileiro teria tirado o pé do acelerador no instante em que o carro passava sobre uma lombada da pista, perdendo o controle do Williams.

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