São Paulo, quinta-feira, 5 de maio de 1994
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Herdeiras contestam balanço do Eldorado

DA REPORTAGEM LOCAL

A holding Taveri, que representa as filhas do fundador do grupo Eldorado, divulgou ontem uma nota dizendo que os primos, sobrinhos do fundador, publicaram um balanço das empresas do grupo –referente ao exercício de 1993–, que "não existe."
A Taveri chegou a essa conclusão depois de ter acesso a uma certidão da Delegacia Especial de Crimes Contra a Fé Pública, de São Paulo, que apreendeu documentos contábeis das empresas do grupo na última sexta-feira.
A certidão atesta que a contabilidade das empresas do grupo Eldorado está fechada somente até 30 de novembro de 1993.
Roberto d'Utra Vaz, assessor da Taveri, disse que o balanço não poderia ter sido publicado na "Gazeta Mercantil" e no "Diário Oficial", uma vez que o exercício não havia sido fechado.
João Carlos de Paiva Veríssimo, representante da holding Verpar, que reúne os sobrinhos do fundador, informou que, por lei, a empresa tem seis meses para emitir o livro diário definitivo do encerramento do mês.
Ele disse que tem o balanço do ano auditado por empresa de consultoria externa, que emitiu um relatório sobre as contas referentes ao exercício de 93.
Roberto d'Utra Vaz disse que o balanço patrimonial e as demonstrações financeiras não foram sequer processados e transcritos no livro próprio, "não podendo, deste modo, terem sido publicados".
Paiva Veríssimo afirmou que apresentará todos os documentos solicitados pela polícia até o próximo dia 9.
Os herdeiros do patriarca João Alves Veríssimo, fundador do grupo Eldorado, disputam um patrimônio avaliado pelo mercado em US$ 500 milhões.

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