São Paulo, quinta-feira, 5 de maio de 1994
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Clinton é acusado de molestamento

<FT:"MS SANS SERIF",SN>CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

Começa ação contra Clinton por molestamento sexual a funcionária
A ex-funcionária pública do Estado de Arkansas Paula Jones inicia hoje ação contra o presidente dos EUA, Bill Clinton, por molestamento sexual.
Segundo Jones, 26, Clinton, então governador de Arkansas, sudoeste do país, a chamou para um quarto de hotel onde ele havia ido falar a uma convenção de empresários em 8 de maio de 1991.
Ela o acusa de ter segurado sua mão, feito carícias por baixo de sua roupa, tirado a própria calça e cueca e lhe pedido para fazer sexo oral. "Eu pulei e disse: Não sou desse tipo de pessoa. Nunca vou esquecer o seu rosto, vermelho como uma beterraba", afirma Jones.
A Casa Branca nega por completo o incidente. Clinton, 47, diz não se lembrar de jamais ter encontrado Paula Jones.
Segundo seu advogado, Jones resolveu contar a história ao público depois que um ex-segurança de Clinton a relatou à revista "American Spectator" de maneira incorreta, de acordo com ela.
O guarda estadual Danny Ferguson declarou ter feito o convite a Jones para o quarto de Clinton e que o encontro durou uma hora. Ela diz ter deixado Clinton menos de 15 minutos depois de tê-lo encontrado.
Clinton contratou um dos mais importantes advogados criminalistas de Washington, Robert Bennett, para defendê-lo no caso. Bennett poderá também defender o presidente no caso Whitewater, que envolve possíveis ilegalidades em negócios do casal Clinton em Arkansas na década de 1980.
(Carlos Eduardo Lins da Silva)

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