São Paulo, quinta-feira, 5 de maio de 1994
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Eurotúnel abre amanhã nova fronteira

ANTONIO CARLOS SEIDL
ENVIADO ESPECIAL A LONDRES

Quase 200 anos depois do primeiro plano para uma ligação permanente entre a França e a Grã-Bretanha, o presidente François Mitterrand e a rainha Elizabeth 2ª inauguram amanhã o "Channel Tunnel", o túnel ferroviário sob o canal da Mancha.
Apesar dessa inauguração oficial, os turistas só poderão usar o túnel a partir de julho, quando entram em operação os serviços de trens com viagens diretas de Londres a Paris e Bruxelas. A viagem mais curta, entre Londres e Paris, será feita em três horas.
O início dos serviços do "Le Shuttle" –trens que transportarão carros de passeio entre Folkstone, na costa inglesa, e Calais, na costa francesa, em 66 minutos– está previsto para outubro, com frequência de três partidas/hora.
A chegada do bilionário túnel –a obra custou US$ 13,5 bilhões (quase o total da venda mundial da Coca-Cola em 93) ao consórcio anglo-francês Eurotunnel– no mercado de transporte no canal da Mancha deflagra uma guerra de preços entre empresas de navegação, aviação e Eurotúnel.
O turista sai vitorioso nessa "guerra". Além dos descontos nos preços das passagens, os operadores prometem melhorar a qualidade de seus serviços.
Em entrevista exclusiva à Folha, o co-presidente do Eurotunnel, sir Alastair Morton, 56, disse que o túnel tem "um importante significado geopolítico, nessa época em que o sonho de uma Europa unida torna-se a cada dia uma realidade".

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Sobre o Eurotúnel nas págs. 6-2 a 6-7.

O jornalista ANTONIO CARLOS SEIDL viajou a convite da British Airways e da British Tourist Authority (BTA).

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