São Paulo, sexta-feira, 6 de maio de 1994
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Petista apóia um "Estado forte"

EDNA DANTAS
DA SUCURSAL DO RIO

Lula defende um "Estado forte"
Petista discute privatização no Rio
O candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, defendeu ontem um "Estado forte com competência para intervir na economia".
O Estado, segundo Lula, "tem que ter coragem" para brigar com as instituições financeiras, com o cartel do cimento e com os oligopólios".
O programa de privatização foi o principal tema dos dois encontros que o candidato petista teve ontem no Rio.
No primeiro, com trabalhadores do setor telefônico, defendeu o monopólio estatal das comunicações e do petróleo.
No almoço com investidores estrangeiros, Lula apresentou o programa do partido, que prevê a revisão das privatizações já feitas.
O Estado, segundo afirmou Lula aos investidore, "tem que estar nos setores estratégicos, funcionando como uma espécie de regulador".
No debate com telefônicos, Lula afirmou que, ao contrário do que é divulgado, a máquina inchada e a dívida pública não são os responsáveis pelos principais problemas do Brasil.
Sarney
Quanto à disputa presidencial, Lula disse que, se o senador José Sarney for o candidato do PMDB, "ele estoura a aliança que Fernando Henrique Cardoso (PSDB) fez com o PFL".
Na avaliação de Lula, o ex-presidente Sarney "tem muito mais força no PFL do que dentro do PMDB". Neste caso, segundo o petista, a união articulada por FHC com os pefelistas será uma aliança "apenas no nome".
"Muita gente beneficiada pela política do `é dando que se recebe' adotada pelo Sarney está no PFL, portanto, deverá favorecê-lo durante a campanha", afirmou.
Concessões
Lula defendeu mudanças na política de concessão de canais de rádio e televisão. "As emissoras devem ir para entidades e não para pessoas", afirmou.

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