São Paulo, sexta-feira, 6 de maio de 1994
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GP da Itália pode ser cancelado, diz dirigente

EMANUEL NERI; ANDRÉ LAHOZ
DE PARIS E DA REPORTAGEM LOCAL

Rosario Alessi, presidente do Automóvel Clube da Itália, disse que o Grande Prêmio de Fórmula-1 de Monza, em seu país, poderá não ser realizado, caso não sejam adotadas medidas de segurança naquele circuito.
O Automóvel Clube da Itália é o órgão que coordena as competições automobilísticas no país. Além de Monza, Alessi também definiu como perigosos os autódromos de Silverstone (Inglaterra) e SPA-Francorchamps (Bélgica).
Segundo Alessi, também há necessidade de se adaptar a velocidade dos carros às condições das pistas. "Hoje, qualquer autódromo fica perigoso com a velocidade que os carros alcançam", declarou.
"Do jeito que está, nenhum piloto vai conseguir domar um carro desse", afirmou. Para evitar acidentes, defendeu a aprovação de medidas para aumentar a aderência dos carros às pistas.
Alessi fez propostas à FIA (Federação Internacional de Automobilismo) para aumentar a segurança dos carros. Uma delas diz respeito a uma melhor aerodinâmica e redução da potência dos motores.
Já o diretor do circuito francês de Magny-Cours (onde haverá o GP da França no dia 3 de julho), Philippe Gurdgian, elogiou as medidas que a FIA quer tomar para reduzir a velocidade dos carros nos boxes.
Gurdgian reconhece, entretanto, que as medidas não têm nenhuma relação com o acidente de Ayrton Senna. "As mudanças dizem respeito aos boxes. Obviamente não têm nada a ver com o que aconteceu com Senna", disse.
Para ele, o acidente deve ter sido causado por falha mecânica no Williams, embora considere cedo para se apontar a verdadeira causa.
(EN e ALz)

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