São Paulo, sexta-feira, 6 de maio de 1994 |
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Sequestro vale mais que passe de Romário
CARLOS NOBRE
O Barcelona (Espanha) pagou, em 93, ao PSV (Holanda) US$ 5 milhões (CR$ 6,5 bi) pelo passe do jogador. Os parentes de Edevair disseram que o valor é "absurdo". Os bens do jogador, segundo Marcelo Carvalho, cunhado de Romário e filho do contador do jogador, são uma cobertura e um apartamento em construção, na Barra da Tijuca, e uma casa comprada para os pais em Jacarepaguá. A exigência do resgate foi feita ontem por telefone para a casa de Edevair, na Estrada Pau e Ferro, em Jacarepaguá (zona oeste do Rio), onde o comerciante mora com a mulher, Lita, e os filhos Ronaldo (ex-jogador) e Zoraide. Romário ganha cerca de US$ 100 mil (CR$ 130 mi) mensais no Barcelona. É o jogador brasileiro mais bem pago no mundo. O mercado publicitário estima em US$ 600 mil (CR$ 7,8 mi) o valor que o jogador recebeu da Brahma pelo contrato publicitário em vigor até o final da Copa. Romário nega, mas no mercado imobiliário comenta-se que ele comprou dez apartamentos em um prédio em construção na Barra da Tijuca. Cada um teria custado US$ 60 mil (CR$ 780 mil). Não gasta exacerbadamente, mas não poupa na qualidade de vida. Quando jogava na Holanda, levou três amigos brasileiros para viver no país. Sustentava os três. Em troca, eles tinham que jogar futevôlei (mistura de futebol com vôlei, popular nas praias do Rio) com Romário. "Levei-os porque holandês não sabe jogar", disse. Ronaldo, irmão do jogador, fez um apelo para que soltassem seu pai. Disse que sua mãe passava mal e que manteve contatos com parentes, jogadores e policiais. A polícia, ontem à tarde, grampeou (colocou escuta) o telefone da casa. Ronaldo contou que o pai não gostava de segurança. Andava de táxi ou ônibus quando ia para o bar ou voltava para a casa. Texto Anterior: E sobre cara que morreu na véspera? Próximo Texto: Pai é sócio em um bar Índice |
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