São Paulo, sexta-feira, 6 de maio de 1994
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Cresce guerra ao fumo nas telas e quadrinhos

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Os grupos antitabagistas dos EUA estão aumentando suas pressões e já pedem que não se fume sequer nos filmes produzidos no país. A campanha tem um alvo definido: "Reality Bites".
O filme traz a atriz Winona Ryder como uma fumante inveterada e, segundo seus detratores, é um mal exemplo para os adolescentes, um grupo que fuma mais a cada dia.
Na vida real, Ryder não fuma. No filme, interpreta uma jovem recém-saída da universidade, que inicia sua vida profissional como diretora de vídeos. Para encontrar inspiração ou acalmar os nervos, fuma exaustivamente.
Os grupos antitabagistas contaram os cigarros que Ryder fuma no filme –15– e ficaram indignados. "Não quero nenhum tipo de censura, mas acredito que quando lançamos mensagens para um grande público, temos uma responsabilidade", disse Susan Swinmer, comentarista de saúde da revista juvenil "Seventeen".
A roteirista do filme se defende: "Escrevi um roteiro baseado naquilo que se passa ao meu redor. A metade das pessoas que conheço são fumantes. Eu mesmo fumava muito quando trabalhava", disse.
As pressões contra o fumo na indústria cultural já está dando seus primeiros resultados. O grupo Marvel Entertainment, uma das maiores produtoras de quadrinhos do mundo, já anunciou que não vai mais colocar cigarros nas bocas de personagens em álbuns acessíveis a crianças.
A postura da Marvel se deve em parte à carta que um garoto escreveu à publicação médica "New England Journal of Medicine". Nela, se dizia indignado porque os personagens –tanto os bons quanto os maus– apareciam fumando.

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