São Paulo, sábado, 7 de maio de 1994 |
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Chapecó reestrutura dívida de curto prazo
MARISTELA MAFEI
Sua área comercial está sendo totalmente reformulada para conquistar clientes em supermercados e no pequeno varejo A Chapecó iniciou mudanças em dezembro de 93, dentro de um acordo com os bancos credores para alongar o perfil de sua dívida e aumentar o capital da holding S.A. Indústria e Comércio Chapecó. Na ocasião, foi eleito novo Conselho de Administração, com a participação de nomes ligados ao mercado financeiro. A empresa também deu início a um programa de redução de custos. O quadro de 5,1 mil funcionários existente no início de 1993 deverá ser reduzido para 3,9 mil até o início de 95. Uma das empresas controladas pela holding, a Chapecó Alimentos, terá seu capital fechado. O grupo conta ainda com empresas de seguros e de táxi aéreo. Segundo Plínio David de Ness, presidente do grupo, a área de vendas está sendo reformulada para que a empresa não fique na dependência do atacado para a distribuição de seus produtos. A Chapecó faturou US$ 192 milhões em 93 e realizou prejuízo de US$ 23,8 milhões. Seu endividamento junto ao bancos, próximo dos US$ 70 milhões, teve perfil alongado através de financiamento concedido pelo IFC (International Finance Corporation), organismo do Banco Mundial. Sadia e Ceval realizaram operações similares com o IFC em 1993. A Chapecó prevê faturamento próximo dos US$ 225 milhões em 94. Suas exportações deverão crescer dos US$ 54 milhões obtidos em 93 para US$ 70 milhões em 94. Segundo Ness, o endividamento do grupo veio em boa parte com o achatamento dos preços do frango. A Folha apurou que as granjas de São Paulo estão recebendo US$ 0,97 pelo quilo do frango em partes, contra os US$ 1,45 recebidos em maio de 1990. No mesmo período, o quilo da carne bovina saltou de US$ 1,66 (maio de 90) para US$ 1,77. Texto Anterior: Utilar começa em Fortaleza Próximo Texto: Unibanco vai dividir o controle do Center Shop Índice |
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