São Paulo, domingo, 8 de maio de 1994
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Mitsubishi "esbanja" eletrônica no GT

GRACILIANO TONI
EDITOR DE INFORMÁTICA

O seis e o quatro são os números de sorte do 3.000 GT VR-4, carro superesportivo da Mitsubishi.
Boa parte de seu desempenho se deve ao câmbio de seis marchas, que permite ótimo aproveitamento da potência do motor 3.0 de seis cilindros em V e 320 cv de potência.
Quatro é o total de válvulas em cada cilindro. É também o número de rodas com tração. Graças a isso, o carro não patina em arrancadas e tem estabilidade fenomenal.
Outra ajudinha do quatro está na direção. As quatro rodas viram –as de trás, só 1,5 grau, o bastante para melhorar o comportamento do carro em curvas sucessivas e alterações bruscas de trajetória.
Suspensões independentes nas quatro rodas são outro exemplo da ajuda do quatro ao Mitsubishi.
Mesmo o dois é favorável ao VR-4. O modelo tem duas regulagens de suspensões e de funcionamento do escapamento (leia texto abaixo) e dois turbos para melhorar a alimentação do motor.
O carro é um autêntico 2+2: duas pessoas viajam confortavelmente, depois de certo contorcionismo para entrar na cabine; as duas a mais vão apertadas atrás.
Outros números: são 320 cv (potência superior à de seis Corsa) no motor; o carro pesa 1.725 kg (o dobro de um Mille) e bebe em 480 km os 75 litros de gasolina de seu tanque cheio (consumo de 6,4 km/l) rodando a 100 km/h.
A 240 km/h, é estável como um Omega a 150 km/h. Viaja sem reclamar a 220 km/h e atinge 255 km/h. Segundo a fábrica, faz de 0 a 100 km/h em 5,9 segundos.
Há também números desfavoráveis ao Mitsubishi. Um deles é 1,8 –em metros, a altura máxima para o motorista. Acima disso, vai relar no teto. Custa US$ 90 mil.
Outro número que não ajuda muito é 1,3 segundo a menos que o Toyota Supra, seu concorrente, de desempenho ainda mais forte, leva para ir de 0 a 100 km/h.
Direção firme, ótimos freios, câmbio com engates curtos e sobra de potência tornam o 3.000 GT muito gostoso de dirigir.
Mesmo na cidade o carro tem bom comportamento. É mais silencioso, trepida menos e tem desenho mais elegante que o Supra, seu principal concorrente japonês.

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