São Paulo, segunda-feira, 9 de maio de 1994
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Telefone celular é o mais cobiçado pelo consumidor

FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL

Os telefones celulares estão entre os equipamentos eletrônicos mais desejados pelo consumidor brasileiro neste momento.
A queda média de preço –de US$ 2.000 (em 1991) para US$ 700 (hoje)– é o que mais atrai novos usuários, na análise dos revendedores.
A Motorola do Brasil já comercializou 100 mil desses aparelhos no Brasil, diz Sílvio Stagni, gerente de marketing. No país, informa, estão instalados 254 mil unidades.
"É um mercado até difícil de medir, porque o potencial de crescimento é muito grande", afirma o gerente de marketing.
A estimativa é a de que 500 mil telefones celulares estejam em uso no país até o final do ano.
"Assim que os volumes de produção se justificarem, passaremos a fazer os telefones no país", diz Stagni. A Motorola importa os aparelhos dos Estados Unidos.
Ted Taylor, diretor de vendas diretas ao consumidor da Cellstar, empresa forte na distribuição de telefones celulares para revendas, diz que a demanda pelo produto dobra mês a mês desde o final do ano passado, quando se instalou no Brasil.
A Cellstar planeja obter a fatia de 60% dos telefones celulares instalados no país em dois anos.
Hoje, ela estima deter 40% desse mercado. Ela distribui várias marcas –entre elas Motorola, Cellstar e Mitsubishi.
José Ricardo Quintana, diretor executivo da Computer Place, distribuidora de produtos de informática que também tem uma loja para venda direta ao consumidor, informa que vendeu nos últimos quatro meses do ano passado 15 mil telefones celulares.
A expectativa para este ano, diz Quintana, é a de comercializar 90 mil aparelhos.
"É evidente que dependemos da expansão do sistema de telefonia celular por parte da Telebrás."
A Motorola também está satisfeita com a venda de "pagers" (os sucessores do bip, que possibilitam receber mensagem escrita).
No ano passado, a empresa comercializou 100 mil unidades deste produto. Neste ano, estima vender 150 mil.
Enrique Ussher, gerente regional de vendas e marketing para o Brasil, diz que o mercado de bip tradicional, em 1991, era da ordem de 140 mil usuários.
Este ano, o número deve pular para 250 mil usuários. Boa parte do crescimemto é atribuída ao "pager". Ele conta que este produto, importado dos Estados Unidos, obteve redução de preço.
Em dois anos, os preços dos modelos mais sofisticados baixaram de US$ 500 para US$ 300 e, dos mais simples, de US$ 200 para US$ 120.
"Esse produto, mais barato do que o telefone celular, tende a fazer muito sucesso no Brasil." Ele conta que nos Estados Unidos há cerca de 20 milhões de "pagers" em uso. O Brasil deve registrar três milhões de usuários de "pagers" em cinco anos.

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