São Paulo, segunda-feira, 9 de maio de 1994
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`Dream team' de vôlei só joga mais uma Olimpíada

DA REPORTAGEM LOCAL

A seleção brasileira masculina de vôlei, que conquistou em 92 a medalha de ouro em Barcelona, só deve jogar mais uma Olimpíada, a de Atlanta, em 96.
A afirmação foi feita em Varna pelo levantador Maurício durante uma coletiva antes da segunda partida do Brasil contra a Bulgária pela Liga Mundial, anteontem.
Segundo ele, a atual geração de ouro só estará em mais uma Olimpíada porque, em sua avaliação, "as outras seleções vão se renovar e recuperar o tempo perdido."
Maurício não considera a Itália superada, como alguns imaginam. Para ele, além da equipe italiana, Cuba, Holanda e Rússia são os países que estão se renovando e mantendo um vôlei de alto nível.
Mas, para o levantador, atualmente a escola a ser imitada é a do vôlei brasileiro.
"Por muito tempo a gente analisou e copiou o trabalho dos outros. Hoje, sem dúvida, inovamos a técnica e a tática. Ao mesmo tempo que os adversários querem ganhar do Brasil, eles também querem ver a seleção brasileira jogar", diz o levantador.
Hoje, ele e os demais jogadores da seleção viajam pela manhã para Atenas, onde, na próxima sexta-feira e sábado, enfrentam a Grécia em duas partidas válidas pela segunda rodada da Liga Mundial Masculina de Vôlei.
O técnico José Roberto Guimarães pretende treinar em dois períodos a equipe para os jogos contra os gregos, que ontem à noite enfrentariam os Estados Unidos na segunda partida da primeira rodada da Liga Mundial.
Na sexta-feira, os gregos treinados pelo cubano Gilberto Herrera surpreenderam os EUA. Bateram os adversários, de virada, na casa deles, por 3 sets a 1 (14/16, 17/15, 9/15 e 15/12). "Foi realmente uma surpresa e essa é a prova de que no vôlei, atualmente, não há seleção imbatível", disse Zé Roberto.

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