São Paulo, terça-feira, 10 de maio de 1994 |
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Romário diz que traficantes ajudaram
SERGIO TORRES
"Não só acho como tenho certeza", respondeu Romário à pergunta sobre se achava que os traficantes teriam dado apoio. Romário afirmou ter recorrido aos traficantes porque "em momento de sofrimento e dor tem que se apelar para tudo". "Quem não estiver de acordo que me desculpe, mas acho que estas pessoas (os traficantes) ajudaram também para um desfecho positivo", afirmou ele. O atacante do Barcelona chegou ao Aeroporto Internacional do Rio, vindo de Madri, às 5h30. Trazia um brinco de brilhante na orelha esquerda. Na cabeça, uma boina preta aveludada. Estava acompanhado da mulher, Mônica. Romário abraçou a mãe, Manuela, e acordou o pai. Logo depois, os três posaram para fotografias na varanda da casa. "Não tive medo. Algo me dizia que meu pai ia se sair bem. Foi até mais rápido do que esperava", disse o atacante. Romário não quis falar sobre a questão da segurança no Rio. Para ele, perguntas sobre o tema devem ser feitas a quem "pode tomar providências". A seguir, o jogador citou o governador Nilo Batista, o ex-governador Leonel Brizola e o diretor da DAS (Divisão Anti-Sequestros), Hélio Vígio. "São pessoas competentes." Se o sequestro do pai se prolongasse, Romário acha que não participaria da Copa. "Não teria condições psicológicas", disse. Romário agradeceu a solidariedade de espanhóis e brasileiros e mandou um recado: "Agora, mais que nunca, farei o máximo para conseguir o título mundial". A volta de Romário para a Espanha estava prevista para ontem à noite. Texto Anterior: Volante tem poucas esperanças Próximo Texto: PM dá folga para policiais Índice |
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