São Paulo, terça-feira, 10 de maio de 1994 |
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Edevair relata caso para filho
SÉRGIO TORRES
Faria afirmou a Romário que Lina Célia de Oliveira e Marluce Gomes integravam o bando de sequestradores. Lina teria até circulado com duas armas na cintura no dia seguinte ao sequestro. Faria, 62, foi sequestrado segunda-feira à noite. Para soltá-lo, os sequestradores exigiam US$ 7 milhões. Anteontem, a polícia invadiu o cativeiro, em Nova Iguaçu (30 km do Rio), e o libertou. Foram presas as mulheres e J.S., 17. O pai de Romário acusou J.S., que disse à polícia ter sido forçado a atuar no sequestro. "O moleque era o bicho (gíria carioca que significa violento)", disse. Faria disse que foi bem tratado no cativeiro. "Não fui ameaçado hora nenhuma", disse ele, que, para o filho, detalhou o sequestro. A captura, segundo ele, ocorreu quando deixava o bar "Garota do Quitungo" (Vila da Penha, zona norte), do qual é sócio. Segundo Faria, um carro azul, quatro portas, parou a seu lado, com três homens. Um deles saltou, apontando-lhe uma arma. Faria foi atirado dentro do carro. Os homens vestiam máscaras tipo "ninja". Em Colégio (bairro da zona norte), Faria foi trocado de carro, encapuzado e algemado. A seguir, bebeu à força um remédio e dormiu. Acordou no dia seguinte, já no cativeiro de Nova Iguaçu. Além das duas mulheres e do menor, Faria disse ter falado com um homem encapuzado, que lhe teria dito que as negociações para soltá-lo estavam adiantadas. O momento mais tenso, disse Faria, foi a invasão do cativeiro pelos PMs. Faria ergueu a mão e gritou que era o pai de Romário. Foi reconhecido. (ST) Texto Anterior: Muleta é traficante `menor' Próximo Texto: Mulher do jogador diz que escapou de sequestro Índice |
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