São Paulo, quarta-feira, 11 de maio de 1994
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Lloyd vai a leilão hoje pela segunda vez

DA SUCURSAL DO RIO

Um fracasso nas negociações entre empregados e o BB (Banco do Brasil) pode inviabilizar o leilão de privatização da Companhia de Navegação Lloyd Brasileiro, marcado para hoje, às 14h, na Bolsa de Valores do Rio.
Esta é a segunda vez, em dois meses, que o governo tenta vender a empresa, que acumula uma dívida de mais de US$ 130 milhões –incluindo o passivo trabalhista.
Após a primeira tentativa de venda da estatal, em 30 de março, o presidente da Comissão de Privatização, André Franco Montoro Filho, disse que o governo poderia optar, caso houvesse um novo fracasso, pela liquidação da empresa –venda do patrimônio e extinção.
Desde março, parte dos empregados do Lloyd, reunidos na empresa Naveg, encaminhou ao BB proposta de financiamento no valor de US$ 100 milhões.
Ontem, os dirigentes da Naveg informaram que o BB indeferiu o pedido de empréstimo por falta de garantias para o pagamento.
Mesmo com o resultado das negociações entre empregados e o BB, três corretoras se credenciaram junto à CLC (Câmara de Liquidação e Custódia) para participar do leilão.
São elas Bozano Simonsen, Graphus e Sinal (do mesmo grupo do Banco Nacional).
No último leilão, cancelado por falta de compradores, duas corretoras se credenciaram, mas nenhuma deu o lance mínimo exigido. Os eventuais interessados em comprar a companhia são o grupo Libra e a Frota Oceânica.
Uma das modificações do segundo leilão é o fim da exigência da venda em um só lance. Irão a leilão 79,7% da empresa. O preço mínimo é de US$ 26,6 milhões.
A comissão destinou 20% do capital da empresa para os empregados. A exemplo do que foi feito em outras privatizações, 10% serão subsidiados e o restante será vendido ao preço do leilão.
O comprador do Lloyd leva, ainda, a dívida acumulada da empresa. O Tesouro incorporou parte da dívida: US$ 167 milhões com o Fundo de Marinha Mercante.

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