São Paulo, quarta-feira, 11 de maio de 1994 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Shirley MacLaine repete seus incontáveis sucessos no Brasil
FERNANDA SCALZO
O "`Shirley MacLaine Show" é parecido com o que a atriz já apresentou no Brasil em 91. Mas desta vez ela está sem bailarinos, apenas com sua orquestra. Ela relembra seus incontáveis sucessos e faz gags "improvisadas". A atriz diz que não faltarão os números musicais de cinema, "porque o público sempre pede". Shirley, que chegou anteontem a São Paulo, acaba de escrever seu oitavo livro. "É sobre Hollywood, um lugar tão metafísico, uma realidade tão diferente", disse tentando ser irônica. Perguntada se o livro seria uma crítica ao sistema de Hollywood, respondeu que é "uma celebração". Mas durante a entrevista soltou algumas críticas à indústria cinematográfica. "Não quero falar sobre o livro. Nem tenho certeza se vou publicá-lo, mas provavelmente sim", disse a estrela de Hollywood. Embora seja conhecida mundialemnte como atriz de cinema, Shirley prefere se considerar uma mulher do palco. De todas suas atividades profissionais, o teatro é a que prefere. Segundo ela, estar no palco é como "voltar às raízes". Falando sobre política, a atriz conseguiu pôr no mesmo saco o presidente da África do Sul Nelson Mandela, o líder indiano Gandhi, o ex-presidente do Egito Anuar al Sadat, o presidente da argentina Carlos Menen, e o ex-presidente dos EUA, Jimmy Carter. Era o saco dos "líderes políticos com preocupações espirituais". Do qual, o atual presidente dos EUA, Bill Clinton "tem talento" para participar, "mas é preciso esperar para ver". A atriz prepara-se para filmar por volta de agosto a continuação do sucesso "Laços de Ternura". Embora, segundo ela, hoje em Hollywood todos estejam "muito confusos". "Nunca sabemos o que vai fazer sucesso", disse. Como exemplo, citou o filme "Ace Ventura: Pet Detective" que é, segundo ela, "o pior lixo que já se viu". E no entanto já arrecadou mais de US$ 60 milhões de bilheteria nos EUA. Culpa dos jovens que, segundo a atriz, "têm um gosto muito questionável". Entre os diretores com quem já trabalhou, Shirley diz que Bob Fosse é seu preferido. "Ele me passou muita energia emocional. Provavelmente porque sempre foi do palco e não gostava de trabalhar com gente que só faz cinema", disse, voltando às raízes. Show: Shirley MacLaine Onde: Olympia (rua Clélia, 1.517, tel. 252-6255, Lapa, zona oeste). Quando: sexta-feira e sábado, às 22h Quanto: de Cr$ 60 mil a Cr$ 120 mil Texto Anterior: Banho de cheiro. Chiaroscuro; Pomadoro Próximo Texto: Carta da atriz Marilyn Monroe mencionaria tentativa de suicídio Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |