São Paulo, quinta-feira, 12 de maio de 1994
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Greve continuará, diz agente

DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente do sindicato dos agentes federais de São Paulo, Lauro Trapp, 45, disse ontem que a ocupação pelo Exército dos prédios da PF (Polícia Federal) não terminará com a greve.
Segundo ele, durante os 34 dias de paralisação em São Paulo, já deixaram de serem tomados 4.300 depoimentos em 5.000 inquéritos que ficaram parados.
Nesse período, segundo Trapp, deixaram de ser expedidos de 12 a 15 mil passaportes e 3.000 renovações de vistos para estrangeiros.
"Não vamos trocar tiro com o Exército", disse Trapp. Ele considerou a ação do governo como uma "agressão à PF".
Os grevistas reivindicam equiparação salarial com os policiais civis de Brasília (DF).
Segundo Trapp, um agente federal em início de carreira ganha 262 URVs (CR$ 390 mil) e um policial civil de Brasília ganha 845 URVs (CR$ 1,2 milhão)
"Uma lei nos garante o direito à isonomia. Só queremos que o governo cumpra a lei", disse. A PF tem 1.100 funcionários no Estado.
Na tarde de ontem, o presidente da OAB-SP, João Alberto Pizza, esteve no sindicato dos agentes federais. Ele manifestou apoio aos grevistas e disse que "uma questão trabalhista não pode ser resolvida pelo Exército".

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