São Paulo, quinta-feira, 12 de maio de 1994
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Panasonic batiza oito lojas

NELSON BLECHER
DA REPORTAGEM LOCAL

Para algumas empresas, a operação com lojas próprias funciona como uma espécie de laboratório de teste para produtos sofisticados.
A Panasonic cedeu a logomarca para oito lojas que operam em São Paulo e no Rio. "É uma oportunidade de contato quase direto com o consumidor", afirma Ricardo Uotani, diretor de marketing.
Essas lojas pertencem aos revendedores, que nada pagam para utilizar a marca e ainda podem comercializar eletrônicos não produzidos pela indústria. "Nossa vontade é que proliferem pelo país", acrescenta.
No Japão, a Panasonic possui milhares de lojas que nem chegam a possuir estoques. As vendas são feitas com catálogos.
A Philips do Brasil analisa projeto que prevê a criação de até 200 lojas próprias no país, conforme apurou a Folha. A empresa nega e fornece outra versão.
Segundo Milton Bonano, diretor de comunicação, a Philips chegou a cogitar a abertura de show rooms (estandes apenas para demonstração de produtos), mas engavetou o plano.
Isso porque o investimento não seria compensador. O aluguel e montagem do show room foi orçado entre US$ 200 mil e US$ 300 mil.
"Tudo não passou do estágio inicial", diz. "A empresa optou por participar de feiras e exposições".
Segundo especialistas, as redes próprias, além de reduzir a dependência estratégica em relação ao varejo, ajuda a valorizar a marca junto ao consumidor.
No início da década de 70, os aparelhos de TV da Sharp eram vendidos a domicílio. "As vendas diretas vão representar, dentro de poucos anos, metade dos volumes comercializados em lojas", diz o consultor Gouvêa de Souza.
(NB)

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