São Paulo, quinta-feira, 12 de maio de 1994 |
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Berger diz que corre e `show deve seguir' Piloto chegou a pensar em parar CLÓVIS ROSSI
Berger cruzou duas vezes o Oceano Atlântico, primeiro para o sepultamento de Senna, seu melhor amigo no ambiente da Fórmula 1, e depois para o de Roland Ratzenberger, também austríaco e uma espécie de pupilo seu. Chocado, chegou a dizer, na última segunda-feira, que não tinha a menor vontade de voltar a pilotar. Ontem, voltou atrás, diante de uma pilha de jornalistas que foi ouvir sua decisão, em entrevista no Hotel Hermitage. "Ainda gosto de correr e mantenho a motivação", disse o austríaco, o segundo mais velho e mais experiente da "religião" (35 anos, 149 GPs, atrás apenas de Michele Alboreto, italiano de 38 anos e 180 GPs). Não é apenas Berger que dá o sinal verde para que o show continue, de luto ou não. Mônaco todo é, nesta época do ano, uma espécie de relicário da Fórmula-1. Os luminosos eletrônicos, que, no Brasil, tanto homenagearam Senna, em Mônaco limitam-se a anunciar que, de 12 a 15 de maio, disputa-se o 52º GP do principado. As bandeiras da Ferrari e da Marlboro estão por toda a parte, até nas imediações da catedral, onde ontem celebrou-se missa em homenagem ao piloto brasileiro. Presente o príncipe Rainier, embora Senna fosse uma espécie de rival dele, já que também era chamado de "rei de Mônaco", pela fieira de seis vitórias obtidas aqui (todos os cinco GPs anteriores, mais a corrida de 87). Berger nunca venceu em Mônaco. Ficou em segundo lugar em 1988, pilotando Ferrari, atrás da McLaren de Alain Prost. Texto Anterior: Clima de velório marca o local Próximo Texto: São Paulo joga e torce contra Palmeiras Índice |
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