São Paulo, quinta-feira, 12 de maio de 1994
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Cidade é um grande free shop de eletrônicos e seda

AURELIANO BIANCARELLI
DO ENVIADO ESPECIAL

Cidade é um grande freeshop de eletrônicos e seda
Pechincha é prática comum; lojas têm selo de garantia governamental
Graças à abertura dos seus portos e aeroportos, Cingapura se transformou numa grande ilha "duty-free" (livre de impostos).
É o templo de todos os consumos do Sudeste Asiático. Fazer compras é bom negócio e um grande prazer.
As lojas abrem das 10h às 22h. Quase todas aceitam cartões de crédito. Dólares cingapurianos podem ser comprados nos bancos ou em hotéis.
Metrô e ônibus urbanos com ar-condicionado servem toda a área comercial.
Mais de 10 mil táxis com ar-condicionado circulam pela cidade. Custam a metade dos nossos, mas só pegam passageiros nos pontos –boa medida para não atrapalhar o trânsito.
As lojas oferecem de tudo, produtos eletrônicos, especiarias, sedas, tapetes orientais e porcelanas, a preços às vezes mais baixos que nos países de origem.
Shoppings
A variedade e o luxo das lojas impressionam o turista. São centenas de comércios em bairros tradicionais como o Chinatown e a Little India.
E mais de 50 shoppings center, a maioria enfileirados ao longo da elegante Orchard Road.
É como imaginar um West Plaza colado a um Iguatemi, a um Eldorado, a um Center Norte, a um Morumbi.
O mais novo desses templos, todo em vidro e mármore, é o Takashimaya, aberto no ano passado.
Cingapura já era um ponto de um negócios antes mesmo da chegada de Stamford Raffles.
Mercadores árabes e negociantes do Oriente negociavam chá, seda, porcelana e presas de elefante.
O país soube aproveitar esta vocação. Boa parte da infraestutura montada nos últimos anos objetiva facilitar as compras.
Ao desembarcar no aeroporto, o turista é servido com um kit de folhetos, vários deles com sugestões e endereços para compras. Um folha anexa traz a relação das lojas punidas pelo governo.
Clientes enganados podem recorrer à Associação dos Consumidores de Cingapura (tel. 0065-270-5433).
Desentendimentos mais sérios são julgados por uma Corte em até três dias.
Turistas devem dar preferência às lojas que exibem um "merlião" –cabeça de leão com corpo de peixe– em branco e vermelho, símbolo da cidade. Significa que os produtos são garantidos.
Pechincha
Pechinchar é prática em muitas lojas. Aquelas com etiquetas amarelas –"fixed price"– não barganham. São comuns nas lojas e shoppings mais luxuosos.
As lojas com etiquetas verdes –"recommended price"– indicam que pechinchar é a regra do jogo. Basta dizer "volto mais tarde" para o preço cair.
Compra-se de tudo em Cingapura. Equipamentos eletrônicos, como câmaras de vídeo e computadores, chegam a ter preços comparáveis aos de Miami.
A dificuldade pode estar na volta, nos limites impostos pela alfândega.
As melhores compras são as confecções e artesanatos das várias regiões da Índia e da China. Um metro de seda chinesa ou tailandesa custa em torno de US$ 20 (CR$ 27,4 mil). Diante das prateleira de mil cores e estampas, os turistas costumam não resistir.
Blusas e camisas de seda pura com corte italiano saem entre US$ 15 (CR$ 20,5 mil) e US$ 30 (CR$ 41,1 mil). Não vai se arrepender quem levar uma dúzia. São presentes que sempre agradam.
Para quem não resiste à seda, há casacos e lingeries por US$ 40 (CR$ 54,8 mil) e jogos de lençois por US$ 60 (CR$ 82,1 mil).
Pratos e vasos de cerâmica chinesa podem ser encontrados a partir de US$ 40 (CR$ 54,8 mil).
Para estes produtos, o bairro chinês oferece os melhores preços. Deve-se evitar as lojas próximas dos templos, onde vão muitos turistas.
O visitante que dispuser de tempo deve percorrer as lojas da Chinatown, Little India e Arab Street. Vai encontrar preciosidades como porta-jóias e dedais trabalhados como não se fazem mais.

Conversões feitas com o dólar-turismo a CR$ 1.369,00.

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