São Paulo, sexta-feira, 13 de maio de 1994
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Auditoria mostra irregularidades em hospitais do Sistema Único de Saúde

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Ministério da Saúde constatou irregularidades em 16 hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o país. Metade deles sequer tem condições de continuar em funcionamento.
Os dados são resultado de uma auditoria feita em mil hospitais da rede, escolhidos por sorteio, durante dois meses. Na segunda etapa, que começa no próximo dia 23, o ministério vai inspecionar outros 5 mil hospitais.
O Sistema reúne 6 mil hospitais públicos, filantrópicos e particulares que são mantidos pelo governo através de faturas específicas dos serviços prestados.
As irregularidades observadas vão desde a reutilização de material descartável no setor de coleta de sangue até o recebimento de verbas do SUS por entidades que não possuem hospital.
Foram constatados ainda casos de internações desnecessárias, cobranças de exames sem comprovação e cobrança indevida de diária em UTI (Unidade de Tratamento Intensivo).
Alguns hospitais atendem pacientes com tuberculose e cobram do SUS por outra doença, já que a lei brasileira não é permite a particulares tratar de casos como esse.
Nas Autorizações de Internação Hospitalar (AIHs), também cobradas pelos hospitais conveniados ao SUS, as irregularidades chegam a 28,7%, em média.
Em Roraima, o número de AIHs desnecessárias atingiu 80% dos casos, seguido do Maranhão, com 60%, e do Ceará, com 43% de internações irregulares.

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