São Paulo, sábado, 14 de maio de 1994
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Bicheiros completam um ano de prisão

SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO

À espera da liberdade ainda este mês, 11 dos 14 bicheiros condenados por formação de quadrilha armada completam hoje um ano na cadeia.
Para dez deles, um ano de prisão significa ter cumprido 1/6 da pena de seis anos de prisão estipulada pela juíza Denise Frossard.
A legislação penal dá ao condenado por formar quadrilha armada o direito de trabalhar fora do presídio (regime semi-aberto) a partir do cumprimento de 1/6 da pena.
A exceção é Paulo Roberto de Andrade –filho de Castor de Andrade–, cuja pena foi reduzida em um ano pela 3ª Câmara do Tribunal de Justiça em outubro passado.
Andrade completou, em 14 de março, 1/6 da pena. Ele espera ser solto ainda esta semana.
O regime semi-aberto permite ao preso sair da cadeia para trabalhar. À noite, ele volta.
O advogado do filho de Castor, Wilson dos Santos, já requereu à VEP (Vara de Execuções Penais) a transformação de regime em semi-aberto. Na quarta-feira, Andrade se submeteu a exames, para atestar a condição de ele ser reintengrado à sociedade.
A partir de segunda-feira, a VEP começa a receber o pedido de transformação de regime dos outros condenados.
Vão requerer o regime semi-aberto os presos Antônio Petrus Kalil (Turcão), José Petros (Zinho), Miro Garcia, Aniz Abrahão David (Anísio), Luiz Drumond e Waldemir Paes Garcia (Maninho).
Carlos Martins (Carlinhos Maracanã), Haroldo Nunes (Haroldo Saens Pena), José Carlos Escafura (Piruinha) e Aílton Guimarães Jorge (Capitão Guimarãs) também deverão pleitear o benefício.
A previsão é que se forem aprovados nos exames e a VEP recusar os argumentos do Ministério Público contrários ao semi-aberto, os bicheiros podem deixar a prisão até o fim do mês.
Os demais condenados –Castor, Emil Pinheiro e Raul Corrêa de Mello, o Raul Capitão– já estão fora da prisão. Castor fugiu e os outros dois estão doentes.

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