São Paulo, sábado, 14 de maio de 1994
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Volume da Bovespa é o menor desde janeiro

RODNEY VERGILI
DA REDAÇÃO

As Bolsas de Valores voltaram a apresentar baixos volumes de negócios.
A Bolsa paulista movimentou ontem US$ 132,2 milhões. Foi o menor movimento desde 3 de janeiro (US$ 79,8 milhões), quando os aplicadores ainda curtiam a ressaca dos feriados.
Os investidores estrangeiros estão fora do mercado no aguardo das definições econômicas e políticas.
O mercado fica nas mãos de alguns grandes investidores nacionais. O índice da Bolsa paulista fechou com baixa de 3,1%, seguido por queda de 1,5% na congênere carioca (Índice Senn).
O mercado do dólar no paralelo continuou agitado. A variação nos preços de venda foi de 3,17%, contra uma variação do dólar comercial de 1,69%.
O mercado do dólar no paralelo chegou a ter ágio de 0,05% no início da tarde (12h30). O mercado não registrava ágio desde 28 de fevereiro (0,12%).
O mercado fechou com deságio (diferença entre o dólar comercial e o paralelo) de apenas 0,28%.
Os investidores estão procurando refúgio no dólar no paralelo, por causa das incertezas quanto às regras das aplicações financeiras e a liderança do candidato petista nas pesquisas eleitorais.
As declarações de Lula nos Estados Unidos provocaram nervosismo no mercado paralelo. A expectativa da adoção de tablita em aplicações prefixadas também colaborou para uma maior procura pelo dólar no paralelo.
O Banco Central elevou a taxa do over de 54,13% ao mês no dia anterior para 54,34% ao mês ontem.
Os juros dos Certificados de Depósito Bancário caíram, porém, 191 pontos em relação à equivalência com o dia anterior. O mercado futuro de IGP-M estimava inflação para maio de 43,99% no dia 11 e de 43,62% ontem.

JUROS
Curto prazo
Os cinco maiores fundões renderam, em média, 1,630% no dia 11, projetando rendimento para o mês de 42,26%. Segundo a Andima, a taxa média do over ficou em 54,34% ao mês, significando um rendimento diário de 1,81%, projetando rentabilidade de 47,93% no mês. No mercado de Certificados de Depósito Interbancário (CDIs), as taxas de juros oscilaram entre 54,30% e 54,33% ao mês por um dia.
CDB e caderneta
As cadernetas que vencem hoje rendem 48,7400%. CDBs prefixados negociados ontem: de 7.900% a 7.980% ao ano para 31 dias. CDBs pós-fixados de 90 dias: 25% a 26% ao ano mais a variação da TR.
Empréstimos
Empréstimos por um dia ("hot money") contratados ontem: de 54,31% a 54,51% ao mês. Para 31 dias (capital de giro): de 8.000% a 8.100% brutos ao ano.
No exterior
Prime rate: 6,75% ao ano. Libor: 5,1250%.

AÇÕES
Bolsas
São Paulo: queda de 3,1%, fechando com 15.858 pontos e volume financeiro de CR$ 202,89 bilhões, contra CR$ 322,83 bilhões no dia anterior. Rio: baixa de 1,5% (I-Senn), fechando com 59.769 pontos e volume financeiro de CR$ 17,78 bilhões, contra CR$ 34,50 bilhões no dia anterior.
Bolsas no exterior
O índice Dow Jones fechou com 3.659,68 pontos, com alta de 6,84 pontos em relação ao dia anterior. O índice Financial Times fechou com 2.471,30 pontos, com baixa de 22,90 pontos em relação ao dia anterior. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou com 20.270,75 pontos, com alta de 46,51 pontos em relação ao dia anterior.

DÓLAR E OURO
Dólar comercial (exportações e importações): CR$ 1.534,27 (compra) e CR$ 1.534,29 (venda). No dia anterior, segundo o Banco Central, o dólar comercial fechou a CR$ 1.508,82 (compra) e CR$ 1.508,84 (venda). "Black": CR$ 1.515,00 (compra) e CR$ 1.530,00 (venda). "Black" cabo: CR$ 1.505,00 (compra) e CR$ 1.510,00 (venda). Dólar-turismo: CR$ 1.445,00 (compra) e CR$ 1.476,00 (venda), segundo o Banco do Brasil.
Ouro: alta de 2,42%, fechando a CR$ 18.630,00 o grama na BM&F, movimentando 2,34 toneladas.
No exterior
Segundo a agência "UPI", em Londres, a libra fechou cotada a 1,4991 dólar, contra 1,4992 dólar no dia anterior. Em Frankfurt, o dólar foi cotado a 1,6680 marco alemão. Em Tóquio, o dólar foi cotado a 104,58 ienes ontem, contra 104,10 ienes no dia anterior.

FUTUROS
No mercado de DI (Depósito Interfinanceiro) da BM&F, a projeção de juros para maio fechou em 49,14%, contra 49,24% no dia anterior. O mercado de DI projetava juros para junho de 48,28% no mês.
No mercado futuro de dólar, a expectativa de desvalorização cambial para maio ficou em 45,30%, contra 45,41% no dia anterior.

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