São Paulo, sábado, 14 de maio de 1994 |
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Seleção se previne contra sequestros
MÁRIO MAGALHÃES
Trinta policiais militares, dois civis e quatro seguranças da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) farão a segurança. Dois membros do Serviço Reservado da Polícia Militar (PM), em trajes civis, vão se misturar às centenas de torcedores esperados para assistir aos treinos. Haverá um aparelho de fax exclusivo para comunicação com o quartel da PM de Teresópolis. A equipe chega à cidade na quarta-feira à noite e deve ir embora no domingo, dia 22, se a programação não for mudada. Ela se hospedará no centro de treinamento da CBF, na granja Comary. A revelação sobre a preocupação com sequestro foi feita à Folha pelo chefe de segurança da CBF, Moisés Campos. Ele foi encarregado pelo presidente da entidade, Ricardo Teixeira, de toda a logística da viagem para a granja Comary e para a Copa do Mundo, nos Estados Unidos. "Teresópolis está ficando perigosa como o Rio", afirmou. "Há assaltos a carros fortes e bancos e sequestros. Já pensou quanto valem os jogadores? Temos que protegê-los." "Por isso estamos nos prevenindo contra tentativa de sequestro". A diretoria financeira da CBF avalia em US$ 80 milhões o valor dos passes dos 22 atletas convocados para o Mundial. Na semana retrasada, o pai do atacante Romário foi sequestrado e depois libertado pela polícia. O zagueiro Mozer, radicado em Portugal, disse que o medo de sequestro é um dos motivos por que nunca voltará ao Brasil. Um membro da comissão técnica só aceita dar entrevistas em sua casa quando ela não é fotografada ou filmada por fora e existe o compromisso de não se revelar o endereço. Motivo: medo de sequestro. A concentração já está pronta para os quatro dias de treinos. Seus 12 funcionários regulares continuarão trabalhando. Foram instaladas cerca de 40 linhas telefônicas para os 200 jornalistas brasileiros e estrangeiros. Texto Anterior: Dumars acompanha jogos em São Paulo Próximo Texto: Granja está mais moderna Índice |
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